RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O Réveillon no Rio de Janeiro vai voltar a ser celebrado com shows em Copacabana e pela cidade, após dois anos sem espetáculos devido à pandemia da Covid-19. A prefeitura anunciou nesta quarta-feira (14) as atrações da festa da virada.

Os cantores Zeca Pagodinho, Iza e Alexandre Pires, além da bateria da Grande Rio, vão comandar a festa no Palco Copacabana. Já o Palco Carioca, que também será montado na praia, terá Mart'nália, Gilsons, Bala Desejo e bateria da Beija-flor.

"O Rio terá o maior Réveillon pós-pandemia do mundo", afirmou o prefeito Eduardo Paes. Segundo ele, a festa vai custar cerca de R$ 30 milhões, valor que sairá em parte de patrocinadores. "O que não for coberto, a prefeitura vai bancar. Mas quanto mais recurso vier, melhor", completou.

A tradicional queima de fogos deve durar 12 minutos, com 20 mil efeitos visuais iluminando o céu de Copacabana. Haverá efeitos novos, nunca apresentados no Rio, com tecnologia japonesa e fabricação na China. Também serão usados fogos de origem espanhola e brasileira.

O responsável técnico pelo show pirotécnico, Marcelo Kokote destacou que o barulho está dentro das normas estabelecidas neste ano.

A Câmara do Rio aprovou, neste mês, um projeto de lei que proíbe a fabricação, comercialização e uso de fogos de artifícios na cidade. Mas o texto preserva os eventos promovidos pela prefeitura, como a festa de Réveillon, ou por instituições autorizadas pelo Executivo municipal desde que não se ultrapasse o limite de 120 decibéis. A decisão tem até 180 dias para passar a valer.

"Fogos mais leves, com mais brilho, mais cores. Os fogos em Copacabana são em uma área de balsas no mar totalmente seguro com data e hora para acontecer. Nesse novo modelo de espetáculo, o barulho existe, mas não é o efeito principal, que são as cores, uma pintura no céu. Mantém o mesmo espetáculo que é a cara de Copacabana, não vai se perder isso", afirmou.

A última festa para a virada do ano na cidade aconteceu em 2020, antes de o coronavírus ser confirmado no Brasil. Na passagem de 2020 para 2021, nem sequer houve queima de fogos.

No ano seguinte, o espetáculo dos fogos foi mantido, mas a prefeitura cancelou os shows devido ao cenário epidemiológico à falta de consenso entre os comitês. Algumas festas privadas ocorreram com restrições na areia da praia de Copacabana.

Diferente do ano passado, agora não haverá restrição de circulação. "Celebrar a vida se abraçando e se beijando é uma grande diferença. O Rio é épico, das galáxias", disse Eduardo Paes.

Para celebrar a chegada de 2023, serão montado dez palcos para os shows, sendo dois deles na praia de Copacabana. Os outros oito palcos serão distribuídos nos seguintes locais: Flamengo, Ilha do Governador, Paquetá, Parque Madureira, Penha, Piscinão de Ramos, Sepetiba e Guaratiba.

A organização desses pontos estará a cargo da Riotur, após a saída da M.Checon Cenografia. Segundo a prefeitura, a empresa avisou, na semana passada, que havia perdido o patrocínio e desistiu da festa. A saída foi então convocar a segunda colocada na licitação para fazer o Réveillon.

Agora, a festa será de responsabilidade da SRCOM, que assina a produção há 14 anos. A empresa ficará responsável pela montagem dos dois palcos em Copacabana, pela queima de fogos e pela infraestrutura de banheiros químicos.

Sobre o esquema montado na cidade para viabilizar o deslocamento da população, o prefeito disse que no dia 26 de dezembro será divulgado o esquema de segurança e do metrô, mas adiantou que haverá reforço no efetivo. "Essa é uma época do ano que a Guarda Municipal tem um papel importante, mas a Polícia Militar também tem um reforço enorme. Já dei os recursos, toda a estrutura vai estar funcionando."

As vendas dos 158 mil cartões especiais do MetrôRio para o Réveillon 2023 começaram na segunda-feira (12). São cinco horários de ida até Copacabana no dia 31. É possível comprar o bilhete de ida e volta (R$ 13), ou somente de ida ou de volta (R$ 6,50). Cada pessoa poderá comprar apenas dez bilhetes. As vendas serão encerradas às 19h do dia 31, caso ainda tenha cartões disponíveis.

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Eduardo Paes


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