SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A cidade de São Paulo registra nesta sexta-feira (16) congestionamento acima da média , quadro que se repete pelo quarto dia seguido nesta semana. Com o aumento do movimento a oito dias do Natal, a capital chegou a 7,9% de vias com lentidão às 13h30 -a média superior histórica para esse horário é de 3,3%.
A tendência no início da tarde era de aumento dos congestionamentos, segundo o monitoramento da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Os corredores mais congestionados por volta das 13h eram a marginal Tietê no sentido da rodovia Ayrton Senna, com 4,8 quilômetros de lentidão, e a avenida dos Bandeirantes, em direção à marginal, com 3,5 quilômetros congestionados.
A cidade de São Paulo registra trânsito acima da média ao menos desde terça-feira (13), segundo os dados da CET. Chuva e falhas no transporte público contribuíram para o aumento do índice de congestionamento na terça, como mostrou a Folha de S.Paulo Na quinta-feira passada, também houve trânsito acima da média.
Na penúltima sexta-feira antes do Natal, o trânsito manteve-se dentro da média durante a manhã até as 10h. A partir desse horário, o nível de lentidão não baixou e ficou acima do comum, com um mais de 165 quilômetros de congestionamento na cidade a partir das 10h30.
Essa tendência de continuidade de um nível alto de lentidão após as 9h, quando tradicionalmente ocorre o pico de trânsito da manhã, tem levado a congestionamentos como não se via há três anos na capital paulista. A cidade alcançou o patamar pré-pandemia de lentidão pela primeira vez neste dezembro.
Na comparação com anos anteriores, a maior parte do aumento do tráfego neste mês tem ocorrido entre meio-dia e as 16h. Segundo o professor Cresto de Franco Peixoto, da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), essa era uma tendência que já era observada antes da pandemia de Covid-19 e agora, com o aumento do trânsito, está ocorrendo novamente.
"Nós estamos em sobrecarga no sistema viário paulistano há muitos anos. O home office 'pegou' mas a quantidade de deslocamentos que deixaram de ser feitos não se mostrou suficiente para reduzir a pressão de demanda", disse Peixoto. "Acho que a tendência [para 2023] é o retorno ao modelo antigo, nós estamos vendo isso. Os problemas de trânsito voltaram na mesma intensidade."
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