BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A presidente do PC do B, Luciana Santos, vice-governadora de Pernambuco, ganhou força para chefiar o Ministério da Ciência e Tecnologia.

Santos deve ter uma conversa com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (21), quando o martelo deve ser batido.

A presidente do PC do B, que é deputada, fez parte da comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara. Integrantes do PT e aliados do presidente eleito dizem que ela é o nome mais cotado para a pasta.

Dessa forma, Lula atenderia o partido, que o apoiou durante a campanha. No período eleitoral, Santos reivindicou a vaga de candidata ao Senado por Pernambuco, mas teve de ceder o posto para Tereza Leitão (PT-PE).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a vice-governadora Luciana Santos (PC do B-PE), durante reunião da coordenação da campanha. Bruno Durante o governo Bolsonaro, a pasta foi chefiada por Marcos Pontes, de 2018 até março deste ano, quando ele deixou o cargo para concorrer à Câmara dos Deputados, pelo estado de São Paulo. Pontes foi diplomado nesta semana como deputado.

Em outubro de 2021, o ex-ministro vivenciou uma crise com o ministro da Economia, Paulo Guedes, quando se opôs ao corte de R$ 600 milhões ao qual o MCTI foi submetido naquela época. Ele chegou a ser chamado de "burro" por Guedes.

Caso Santos seja confirmada ministra, o nome da presidente do PC do B pode ser anunciado nesta semana. Segundo aliados, Lula divulgará uma série de outros integrantes do governo.

A gestão de Lula terá no total 37 ministérios. O presidente eleito já bateu o martelo sobre algumas pastas, entre elas Defesa (José Múcio Monteiro), Fazenda (Fernando Haddad), Casa Civil (Rui Costa), Itamaraty (Mauro Vieira), Cultura (Margareth Menezes), Educação (Camilo Santana), Advocacia-Geral da União (Jorge Messias) e Controladoria-Geral da União (Vinícius Marques de Carvalho).

O ex-ministro Aloizio Mercadante foi escolhido para chefiar o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social). É esperado que Lula anuncie esta semana o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) para o comando da SRI (Secretaria de Relações Institucionais).

Durante a transição, o grupo responsável pela área decidiu pedir o aumento do orçamento do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para reajustar as bolsas de pesquisa.

Os benefícios estão sem reajuste desde 2013. Como a reportagem mostrou, a proposta em estudo é solicitar mais R$ 560 milhões para o conselho no ano que vem, sendo R$ 403 milhões para o pagamento de bolsa e o restante, para fomento. Hoje as bolsas variam de R$ 1.500 a R$ 2.200.

A ideia é dar um aumento de 40% para as bolsas. Atualmente, o CNPq tem R$ 1,3 bilhão para o próximo ano, sendo cerca de R$ 1 bilhão para benefício de pesquisadores.

Para conseguir as verbas, a equipe de Lula precisa da aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Gastança, que abre espaço no teto de gastos pelo menos para o próximo ano, segundo acordo costurado com o Congresso.


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