SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Karoline de Souza, 24, e Gabriela Silva Rocha, 21, foram encontradas mortas nesta quinta-feira (5) com as mãos amarradas, amordaçadas e degoladas (com cortes no pescoço) em um rio de Santa Catarina. Elas estavam desaparecidas desde segunda-feira (2). A polícia trabalha agora com a hipótese de duplo homicídio e ainda não houve a prisão de suspeitos do crime.
As jovens, que moravam juntas, foram encontradas por volta das 14h35, no Rio dos Anjos, na cidade de Araranguá, no sul do estado.
Segundo a Polícia Militar e Civil, uma embarcação de populares encontrou primeiro o corpo de Gabriela, que estava com as mãos amarradas. Já Karoline foi achada na sequência pelo Corpo de Bombeiros, nas margens do rio, e também com as mãos presas, mas com uma camiseta na cabeça. Ambas estavam "com cortes no pescoço".
Segundo as autoridades, Gabriela tinha passagens pela polícia.
De acordo com a funerária local, as duas foram veladas nesta sexta-feira (6) pela manhã.
Karoline deixa dois filhos e Gabriela deixa um menino.
A INVESTIGAÇÃO
Em transmissão ao vivo divulgada pela página no Facebook Portal Agora, a Polícia Civil informou à imprensa que tratou o caso inicialmente como desaparecimento ou sequestro, com provável feminicídio, após a denúncia.
O delegado Jair Pereira Duarte, que investiga o caso, disse que as apurações estão em estágio "bem avançado", mas não poderia dar detalhes para não atrapalhar o trabalho da polícia.
Duarte ainda afirmou: "elas foram retiradas do local [casa delas]. A gente conseguiu rastrear o caminho que elas fizeram [com ajuda de cachorros da Polícia Militar] até um determinado ponto. O local de onde foi o último lugar que elas andaram não é longe de onde foram encontrados os corpos".
A polícia afirmou que trabalha com várias linhas de investigação e não descarta o envolvimento do tráfico de drogas no crime.
Duarte apontou ser "praticamente certa" que a autoria do crime seja de mais de um autor.
A delegada Eliane Chaves informou que ainda aguarda o laudo da perícia, mas as mãos amarradas, amordaçadas e com cortes nos pescoços foram os pontos que a corporação notou inicialmente nas jovens.
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