SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um trem da linha 8-diamante descarrilou na tarde desta segunda-feira (16) na região da estação Lapa, zona oeste de São Paulo.
O descarrilamento desta tarde é o segundo em pouco mais de um mês na linha 8-diamante. O incidente anterior foi em 7 de dezembro, quando um trem saiu dos trilhos próximo à estação Domingos de Moraes, também na capital.
A ocorrência desta segunda foi no sentido Itapevi. Por volta das 16h30, a concessionária ViaMobilidade, que opera a linha, afirmou que técnicos estavam no local para normalizar a situação. Não há registros de vítimas.
Nas redes sociais, usuários compartilharam imagens de passageiros andando na linha, em meio ao trem parado e fora trilho.
A ViaMobilidade afirmou ter acionado o sistema Paese, de ônibus, para transportar os passageiros.
Outra opção é o usuário embarcar em um trem da linha 7-rubi, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na estação Barra Funda (zona oeste), e fazer a baldeação na Lapa para a linha 8 e, então, seguir rumo a Itapevi, na região metropolitana de São Paulo.
Já para os passageiros que estão na região de Osasco, também na Grande SP, e precisam usar a linha 8 no sentido centro de São Paulo, a opção é embarcar na linha 9-esmeralda e seguir até a estação Pinheiros, onde é possível fazer a baldeação e seguir sentido centro pela linha 4-amarela do metrô.
No descarrilamento anterior, a via só foi liberada quase oito horas após o incidente.
A linha 9-diamante, também da ViaMobilidade, é outra que enfrentou problemas na tarde desta segunda, mas por causa das chuvas. Em seu site, a empresa informou que os trens estavam circulando com maiores intervalos e tempo de parada.
Passageiros publicaram vídeos da estação Presidente Altino, em Osasco, alagada por causa da chuva.
As falhas recorrentes levaram o Ministério Público de São Paulo a enviar um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) à ViaMobilidade, que se negou a assiná-lo.
Após a recusa, a Promotoria se reuniu com o governo de São Paulo e decidiu pedir a rescisão do contrato de concessão das linhas 8 e 9. A recomendação foi protocolada em 30 de novembro.
Os promotores Silvio Marques e Luiz Ambra Neto, que assinam o documento, argumentam que "após a ViaMobilidade assumir as linhas 8 e 9 de trens metropolitanos, ocorreram diversos eventos de natureza grave em razão de erros operacionais, ou seja, que não tinham relação com o material rodante e nem com a infraestrutura".
Em manifestação encaminhada à Promotoria na época, a ViaMobilidade atribui a responsabilidade das falhas à gestão anterior, da estatal CPTM, que, segundo a concessionária, entregou tanto a linha 9 como a 8, também privatizada em janeiro, em péssimas condições. A empresa também elenca problemas que, afirma, fogem de seu controle, como furtos de cabos elétricos.
Em outro trecho, a concessionária declara que, "de todo modo, é inegável que a situação dos meses iniciais da operação comercial se inverteu e, hoje, é bastante distinta; as falhas nas linhas 8 e 9 se reduzem de forma perceptível, e sua ocorrência cada dia mais se torna excepcional".
Sobre o descarrilamento desta segunda-feira, a concessionária diz que se desculpa pelo ocorrido e que técnicos estão apurando as causas.
Questionada sobre o novo incidente, a Secretaria de Transportes Metropolitanos não havia respondido até a publicação deste texto.
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