SALVADOR, BA (UOL/FOLHAPRESS) - A temporada de aluguéis de imóveis na região dos circuitos do Carnaval de Salvador 2023 já começou. Faltando menos de um mês para a folia momesca, turistas que estão em busca de uma vista privilegiada para curtir o Carnaval precisarão desembolar ao menos R$ 6.000 para o feito, caso busquem um apartamento quarto e sala para o período de sete dias.
PREÇO DEPENDE DE DIVERSOS FATORES
A média de valores dos imóveis varia, podendo chegar a R$ 60 mil, conforme explica o corretor de imóveis, Maicon Vereda, em conversa com a reportagem. "Depende muito da localização, tamanho do imóvel, número de acomodações, estado do imóvel, infraestrutura do prédio, porém, geralmente um quarto e sala gira em torno de R$ 6.000 a R$ 12 mil, um imóvel com dois quartos e sala gira fica cerca de R$ 10 mil a R$ 15 mil e com três quartos e sala vai de R$ 12 mil a R$ 25 mil", conta.
Para aqueles que buscam um conforto maior, como, por exemplo, ambiente climatizado, piscina, sauna e acesso privativo à praia, precisam preparar o bolso. "Existe um detalhe nos valores: dependendo da localização do imóvel de alto luxo os preços podem chegar a R$ 60 mil ou mais por sete dias. São imóveis na região do Morro do Gato ou no condomínio em torno do Clube Espanhol, principalmente alugados por artistas e empresários", explica.
A PROCURA AUMENTOU?
Após dois anos sem as festas tradicionais de Carnaval, o corretor afirma que houve um aumento significativo nas buscas por imóveis. "Fazendo um comparativo do período da pandemia ao período atual, houve um aumento de mais de 50% na procura por imóveis para locação por temporada no Carnaval", informa.
No setor hoteleiro, Luciano Lopes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA), diz que as expectativas para a ocupação são altas e se assemelham aos números obtidos no verão de 2019.
"A gente espera uma média de ocupação em torno de 95%, chegando a pico de 100% na média de ocupação em alguns dias da festa, sobretudo nos principais hotéis da cidade. Esperamos ter na alta estação, período que vai de dezembro a fevereiro, pelo menos, a mesma taxa de ocupação do período pré-pandemia, com uma média em torno de 70%", afirmou Luciano Lopes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA).
Conforme dados da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a estimava é que a cidade receba aproximadamente mais de 3 milhões de turistas entre dezembro de 2022 até março de 2023. Desse modo, a ocupação hoteleira deverá alcançar entre 67% a 70%, enquanto a receita turística deve girar em torno de R$ 5 bilhões.
PROPRIETÁRIAS VENDEM SEU PEIXE
Ligando as praias da Barra e da Ondina, o circuito Dodô é um dos mais procurados na época do Carnaval. Para a aposentada Marita Vieira, que possui um imóvel na Barra, o lugar é "privilegiado".
"Eu sempre alugo para temporada, não moro lá. A procura é boa, a Barra é muito gostosa. Lá é um lugar privilegiado, todo ano eu alugo. Estou pedindo R$ 15 mil por uma semana, entrando na quarta de Carnaval e saindo na quarta de cinzas", informa.
Sobre a procura pelo imóvel, a aposentada afirma que, apesar da pandemia, as pessoas estão animadas para curtir a folia. "Muita gente procurando, pesquisando, mas as pessoas estão sem dinheiro, né? Coloquei esse valor e estou aguardando. Já tive proposta, mas por enquanto não fechei. Sei que as pessoas estão doidas para caírem na folia", diz.
Próximo dos principais camarotes e com um playground exclusivo para os foliões, o apartamento da contadora Nilda Coelho está localizado na região da Ondina e, segundo ela, vira um "verdadeiro camarote".
"É um apartamento da minha família, um negócio bem organizado. Possui vaga de garagem e o pessoal coloca pulseira para controlar quem entra e sai do prédio. Fica no primeiro andar, são dois janelões e a pessoa fica ali assistindo todo o Carnaval. É um verdadeiro camarote", declara Nilda Coelho, proprietária do apartamento.
A contadora está pedindo R$ 20 mil para oito dias de folia e explica o motivo do aumento -no último Carnaval eles alugaram por R$ 17 mil. "Esse ano estou colocando esse valor porque a esposa do meu primo alugou um aqui perto por R$ 22 mil, sem garagem. Deve ter uns quatro a cinco anos que alugamos o apartamento", avisa.
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