SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil do Distrito Federal liberou um adolescente de 17 anos suspeito de participação na chacina de uma família de Paranoá (DF). O adolescente tinha sido apreendido na terça-feira (24). A internação provisória dele foi solicitada pela Delegacia da Criança e do Adolescente.
O que se sabe sobre a chacina da família no Distrito Federal Segundo a 6ª DP do DF -onde estão concentradas as investigações dos crimes contra a família-, o adolescente foi encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente, onde o suposto envolvimento dele no crime deve ser apurado.
A polícia não detalhou qual teria sido a participação do menor de idade no caso. Também não foram informados o teor do depoimento do rapaz e quem faz sua defesa.
Ele já foi ouvido e foi instaurado um Procedimento de Apuração de Ato Infracional pela delegacia especializada. O adolescente também foi ouvido na 6ª DP, acompanhado de um responsável, como possível vítima do crime de corrupção de menores, afirmou a Polícia Civil do DF.
Ainda segundo a investigação, havia a suspeita de que esse adolescente teria um mandado de busca e apreensão expedido contra ele pela Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal, por fatos anteriores. Mas foi verificado que o mandado não estava mais válido.
Sem um mandado de apreensão e sem ter sido pego em flagrante, ele foi liberado, segundo a Polícia Civil. Contudo, na madrugada desta quarta (25), o responsável pela Delegacia da Criança e do Adolescente pediu à Justiça a internação provisória do adolescente diante da gravidade dos fatos e para assegurar a integridade física dele enquanto o caso é apurado.
O CRIME
Os corpos da cabeleireira Elizamar e dos três filhos dela, um menino de 7 anos, e um casal de gêmeos de 6, foram encontrados carbonizados no dia 13 deste mês, em Cristalina (GO), dentro do carro da família. Eles foram as primeiras vítimas a aparecer.
Até esta terça-feira (24), três pessoas foram presas: Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49, Gideon Batista de Menezes, 55, e Fabrício Silva Canhedo, 34. Segundo os investigadores, Horácio disse à polícia que a morte de Elizamar e das crianças tinha sido encomendada pelo marido, Thiago, e pelo sogro dela, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54, para tomar o dinheiro da venda de uma casa.
Mas o delegado responsável pelo caso, Ricardo Viana, diz acreditar que a informação dada em depoimento não seja verdadeira e tenha tido apenas a intenção de tumultuar as investigações ou atenuar a pena em caso de uma eventual condenação.
Segundo o delegado, as investigações apontam que os três homens presos e um quatro suspeito foragido se uniram para tentar tirar o dinheiro da família. Dois dos presos eram funcionários e moravam numa chácara em Planaltina com Marcos Antônio, a esposa, Renata Juliene Belchior, 52, e Gabriela Belchior, 25, filha de ambos.
Durante a investigação, todos os membros da família que eram buscados foram encontrados mortos --carbonizados, degolados ou enterrados.
QUEM É QUEM VÍTIMAS
Elizamar da Silva, 39, primeira vítima a ter o desaparecimento registrado;
Thiago Gabriel Belchior, 30, marido de Elizamar;
Gabriel da Silva, 7, Rafael da Silva e Rafaela da Silva, irmãos gêmeos, 6, filhos de Elizamar e Thiago;
Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54, pai de Thiago;
Renata Juliene Belchior, 52, esposa de Marcos Antônio;
Gabriela Belchior, 25, filha de Marcos Antônio e Renata;
Cláudia Regina Marques de Oliveira, ex-companheira de Marcos Antônio;
Ana Beatriz Marques de Oliveira, adolescente, filha de Marcos Antônio e Cláudia Regina
PRESOS
Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49;
Gideon Batista de Menezes, 55;
Fabrício Silva Canhedo, 34
FORAGIDO
Carloman dos Santos Nogueira, 26;
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