SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os passageiros de trens operados pela ViaMobilidade, em São Paulo, enfrentam mais um problema nesta segunda-feira (30), com a lentidão na linha 8-diamante.

A concessionária informou que devido a uma falha na rede aérea na região de Imperatriz Leopoldina, na zona oeste da capital, os trens estão operando com maior intervalo entre as estações.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, um transformador pegou fogo dentro da estação. Não houve feridos.

A concessionária afirmou que acionou ônibus gratuitos do sistema Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) para circularem entre as estações Lapa e Carapicuíba. Os trens estão operando com maior intervalo e circulam em via única entre Lapa e Osasco.

Os passageiros estão sendo orientados por avisos sonoros e pelos AAS (Agentes de Atendimento e Segurança). Técnicos da concessionaria atuam para a normalização da operação, segundo a assessoria.

As linhas 8-diamante e 9-esmeralda acumulam uma série de problemas, como descarrilamentos, desde que foram concedidas à ViaMobilidade, em 27 de janeiro de 2022.

O Ministério Público de São Paulo diz que pedirá na Justiça o fim da concessão das linhas se o governo paulista não rescindir o contrato com a concessionária.

"Não há mais acordo", afirmou o promotor Sílvio Antonio Marques, titular da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público, responsável por uma das duas investigações abertas no órgão para apurar a sequência de problemas nas duas linhas -a outra é a de Justiça do Consumidor.

Questionada, a Secretaria de Transportes Metropolitanos não diz se vai acatar a recomendação do Ministério Público. Em nota, afirma que o contrato de concessão com a ViaMobilidade para as linhas 8-diamante e 9-esmeralda tem uma série de obrigações e deveres da concessionária para garantir o desempenho operacional.

"O não cumprimento integral dessas obrigações gera a abertura de processos administrativos para a aplicação das sanções contratuais previstas."

Em nota, a ViaMobilidade afirmou que está no primeiro ano de um contrato de concessão de 30 anos, no qual mais de R$ 1 bilhão já foram investidos de um total de R$ 3,8 bilhões previstos para os três primeiros anos. "Melhorias como revisão geral de trens, ação corretiva nos trilhos e inspeção das catenárias e rede aérea, por exemplo, já trazem resultados", afirmou.


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