RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afirmou nesta quinta-feira (2) que pretende divulgar resultados definitivos do Censo Demográfico 2022 no próximo mês de abril.
Para finalizar o levantamento, o instituto tenta reduzir as recusas de parte da população em receber os recenseadores.
"Após seis meses em campo, um dos principais desafios para a conclusão do Censo 2022 é o número alto de recusas para responder ao questionário. No país, a taxa média chega a 2,43%, em dados atualizados no último dia de janeiro", afirmou o IBGE.
"Esse percentual é consideravelmente maior em localidades onde há maior concentração populacional. Em São Paulo, que lidera o ranking entre os estados, a taxa de recusas é de 4,49%, o que equivale a cerca de 720 mil domicílios em que o morador se recusou a prestar informações ao IBGE", completou.
A contagem da população vem sendo marcada por atrasos. Iniciada em agosto, a coleta das informações do Censo estava prevista inicialmente para ser concluída em três meses, até outubro do ano passado.
O trabalho, porém, já leva o dobro da estimativa inicial. Ao longo da pesquisa, o IBGE relatou dificuldades para contratar e manter em campo os recenseadores.
Parte desses trabalhadores, contratados de maneira temporária, reclamou de atrasos em pagamentos e de valores abaixo do esperado. Houve desistências e ameaça de greve ao longo da coleta.
Nesta quinta, o IBGE disse que a cobertura dos setores censitários (espaços de divisão do território) foi praticamente concluída em janeiro.
Em fevereiro e março, o instituto planeja seguir com o processo de revisão, controle de qualidade e apuração do Censo. Nessa etapa, estão previstas, por exemplo, tentativas de reversão de recusas e revisitas a domicílios com moradores ausentes.
"A previsão é de que o IBGE divulgue os resultados definitivos do Censo referentes à população dos municípios em abril de 2023", afirmou o órgão.
Em dezembro, o instituto havia sinalizado que pretendia publicar os dados em março.
Desde o início da operação, em 1º de agosto, até o dia 31 de janeiro, foram recenseadas 185,8 milhões de pessoas no país. Isso representa cerca de 89,45% da população calculada na prévia do Censo (207,8 milhões de pessoas), divulgada em dezembro.
O número de recenseados também corresponde a 87,11% da estimativa da população divulgada em 2021 (213,3 milhões).
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