SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Equipes da Polícia Militar ocupam desde quinta (2) a rua Vitória, no centro de São Paulo. A ação expulsou do local a concentração de traficantes e dependentes químicos da cracolândia que até então permanecia na via.

A ocupação deve ocorrer 24 horas por dia até ao menos a próxima semana. A ação conta com policiais do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) e do 7° Batalhão, responsável por parte da área central.

A ação da PM teve início na tarde de quinta. Segundo um comunicado interno ao qual a Folha teve acesso, a ocupação foi feita devido às violações dos direitos dos moradores e demais pessoas que trabalham e frequentam as ruas Vitória e Guaianases. Entre outros problemas, a região tem sido palco de furtos e roubos de celulares e tentativas de invasão a comércios.

Com a ação policial, o fluxo -como é chamada a concentração de dependentes químicos- se mudou para rua dos Gusmões, paralela à Vitória. Diante da quantidade de pessoas, a via estava bloqueada entre a alameda Barão de Limeira e a rua Guaianases.

A rua Vitória foi a primeira via a receber uma operação da Polícia Civil na gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Guardas-civis metropolitanos e policiais civis estiveram na tarde de 30 de janeiro no local.

A ação, que resultou na apreensão de 100 pedras de crack, teve a presença do novo delegado responsável pela força-tarefa na cracolândia, Arariboia Fusita Tavares.

No início do ano, usuários de drogas chegaram a pintarar com tinta branca uma parte da rua Vitória para demarcar o espaço ocupado por eles.

A cena foi registrada por moradores. Uma foto a que a reportagem teve acesso mostra a dificuldade que um motorista de ônibus tem para passar pela rua. Outra registra o exato momento em que um homem pinta a linha.

A pintura foi feita entre as ruas Conselheiro Nebias e Guaianases.

Moradores e comerciantes da rua se dizem sitiados com o número de traficantes e usuários de drogas que ocupavam o local. Conforme os relatos, havia momentos do dia em que a via fica totalmente interditada.

Serviços como a entrega de alimentos e o uso de carros de aplicativos estão sendo afetados, segundo um aposentado de 63 anos, que pediu para não ser identificado por temer represálias.


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