SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um policial militar rodoviário foi atropelado por um motorista que ignorou sinal de parada na manhã deste sábado (4), na rodovia Bispo Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, em Cabreúva (78 km SP).
O cena violenta foi registrada por uma câmera de segurança do posto da Polícia Rodoviária, no km 86 da estrada estadual, sentido Itu (101 km de SP), onde ocorreu o atropelamento.
O motorista, que não teve o nome divulgado, deverá responder por tentativa homicídio doloso, segundo tipificado em boletim de ocorrência. A polícia não informou se ele tem defesa constituída e nem onde mora.
O policial rodoviário, de 34 anos, foi atendido pela unidade de resgate da concessionária ABColinas, que administra a rodovia, e levado a um pronto-socorro de Itu. Ele teve fraturas na cabeça e no braço esquerdo, além de escoriações no cotovelo direito, no joelho direito e perna esquerda, e luxação no tornozelo esquerdo. Após atendimento, o militar foi liberado.
A câmera de monitoramento, com registro de 11h08, mostra o rodoviário no meio da faixa da direita dando sinal de parada com as mãos. Segundos depois, ao perceber que o veículo, um Fiat Uno preto, não iria parar ou mudar de direção, ele corre para o acostamento central da estrada, mas é atingido, ainda na pista, pelo carro em alta velocidade. O agente consegue rastejar até o canteiro.
Na imagem, o carro não reduz a velocidade em nenhum momento. O motorista não parou para prestar socorro ao rodoviário atropelado.
Ainda segundo a gravação da câmera, um outro policial, que estava no acostamento, mostra sinal de desespero e depois caminha para onde está o colega caído. Outros rodoviários saem da base correndo em direção a uma viatura estacionada ao lado do posto.
O carro foi identificado a partir das placas. De acordo com boletim de ocorrência, o veículo está registrado no nome de uma mulher de 77 anos. A polícia foi até sua casa e a idosa acabou levada para a delegacia de Cabreúva, onde informou que o Uno ficava com o seu filho e este disse que o filho dele, de 24 anos, é quem estava com o Fiat no horário do atropelamento.
O caso foi registrado inicialmente pelo delegado José Mário de Lara como lesão corporal dolosa. No boletim de ocorrência, ele pede melhor apuração do caso. Quatro horas depois, porém, ao ver o vídeo do atropelamento, que foi anexado aos autos, o delegado Ruiter Martins da Silva mudou a natureza do crime no documento policial para tentativa de homicídio doloso.
No BO, a polícia diz que ficou clara a intenção do motorista do veículo de atropelar o policial, aceitando o risco de matá-lo, "haja vista que acelerou o veículo contra a direção para onde fugiu o policial na pista, tipificando assim sua conduta como tentativa de homicídio doloso".
A polícia não informou se o suspeito foi preso ou se deverá ser detido.
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