SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A mudança de um centro de convivência para moradores de rua na Mooca, zona leste de São Paulo, mobilizou a vizinhança no entorno do novo endereço. O movimento contrário à instalação do projeto social no local elaborou um abaixo-assinado com cerca de cem adesões até o momento.
O centro comunitário São Martinho de Lima, que distribui aproximadamente 800 refeições a até 500 pessoas por dia, terá que deixar o endereço atual, na rua Doutor Siqueira Cardoso, para ocupar outro espaço, a cerca de 400 metros de distância, na rua Padre Adelino.
O serviço teve que deixar o endereço porque o imóvel necessita de reparos estruturais, constatados por uma vistoria feita em maio de 2022, segundo a secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads).
Com isso, a organização social contratada pela prefeitura para administrar o serviço se instalou no novo galpão. Os atendimentos no novo espaço devem começar a partir da próxima semana.
De acordo com o padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, que faz uma série de ações com a população de rua no local, o novo endereço é menor e não comporta a quantidade de pessoas atendidas por dia. "Fica em uma rua com trânsito intenso de carros, é muito perigoso", afirma.
A presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) da Mooca, Wanda Herrero, diz que os moradores não estão de acordo com a mudança. "O novo local não é apropriado. A calçada é estreita e, se montarem barracas ali, os moradores não vão poder passar na calçada", afirma.
O centro de convivência faz parte de uma rede de 13 endereços espalhados pela cidade para atender pessoas que vivem nas ruas. Nesses locais, são distribuídas refeições e há espaço para lavar as roupas.
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