SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O bloco BeatLoko reuniu no trio elétrico nomes do hip hop como Derek (Recayd Mob), Kawe, MC Lan, Mac Julia, Bivolt, Duquesa, Dexter, Sandrão RZO, na avenida Marquês de São Vicente, próximo ao terminal da Barra Funda. Entre o público, quase ninguém estava fantasiado.
Esse foi o bloco escolhido pelo casal Thiago Azevedo, 38, e Aline Almeida, 39, acompanhados do filho Miguel, 3, para passar o domingo. Ela desfilou, na sexta, pela escola Acadêmicos do Tatuapé. Já ele prefere o rap.
"Eu ouço, gosto do hip hop, assim como do samba. Foi legal ver essa mescla", disse Aline. "Tem muita gente das periferias da zona norte, zona oeste. O povo negro. Essa diversidade faz parte do Carnaval."
Thiago, que pretende ir ao bloco 77, os Originais do Punk, nesta segunda (20), disse que a presença dos MCs consolida a democratização do Carnaval de São Paulo.
Para Marlin Barbosa da Silva, uma das poucas com look bastante colorido na Marques de São Vicente, disse que a presença dos MCs no Carnaval valorizava o ritmo. "Os rappers têm poucas oportunidades, são discriminados. Gosto de tudo, amanhã vou em algum bloco de samba, mas hoje escolhi vir aqui", disse ela.
Logo na entrada do BeatLoko, um grupo de evangélicos recepcionava o público. Houve quem pediu uma oração e foi atendido.
Mas teve quem tratou o grupo com indiferença. "Não viemos falar de igreja, viemos falar de Jesus. As pessoas buscam no Carnaval uma alegria passageira, não estamos aqui para julgar, mas quero mostrar o amor de Deus", disse Jéssica do Nascimento, 25.
Num determinado momento, uma evangélica disse para um homem a frase "Deus abençoe". Ele respondeu com "axé".
"Quem mostra alguma indiferença, eu respondo para curtir o rolê, uma forma de mostrar parceria", disse Victoria Avelino, 25, que compunha o grupo de evangélicos.
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