SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com um enorme terço na mão, que segurou durante toda a apuração na tarde desta terça-feira (21), a presidente da escola de samba Mocidade Alegre, Solange Cruz Bichara, tentava conter as lágrimas após sua agremiação ser campeã do Carnaval de São Paulo.

"Estava batendo na trave e agora foi", afirmou, pouco antes de receber o troféu das mãos do prefeito Ricardo Nunes (MDB), ainda na pista do Sambódromo do Anhembi.

Com o enredo Yasuke, que homenageou o moçambicano primeiro samurai negro do Japão, a Mocidade Alegre ganhou o Carnaval paulistano ao somar 270 pontos.

Mancha Verde, Império de Casa Verde e Acadêmicos do Tucuruvi ficaram logo atrás com 269,9 pontos.

No ano passado, a Mocidade fez parte do quádruplo empate no primeiro lugar, com Mancha, Império e Tom Maior, mas a escola da torcida uniformizada do Palmeiras levou a melhor.

Agora com 11 títulos, a Mocidade é a segunda maior campeã do Carnaval, ao lado de Nenê da Vila Matilde. Vai-Vai, com 15, lidera a lista.

A Mocidade não era campeã desde 2015.

"Eu falei para a nossa comunidade que precisávamos entrar como campeã, passar como campeã e sair como campeã. O resto era com os jurados."

Segundo a presidente, emoção e união fizeram a diferença. Assim como a estreia do carnavalesco Jorge Silveira, responsável pela escolha do enredo, à frente da escola. "Deu super certo."

Mocidade e Mancha seguiram nota a nota até o quesito evolução, quando a campeã conseguiu abrir a pequena vantagem, que manteve até o final.

Após o resultado, Bichara foi cumprimentada por Paulo Serdan, presidente da Mancha.

Ao canto do samba-enredo campeão e debaixo de chuva, os dirigentes da Mocidade que foram acompanhar a apuração, pegaram o troféu e saíram rapidamente para a festa na quadra da escola no Limão, zona norte de São Paulo.


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