SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Policiais militares de folga mataram em janeiro deste ano no estado de São Paulo 13 pessoas, número superior ao mesmo período do ano passado, quando houve três. Os dados foram publicados em Diário Oficial.
A alta foi puxada pela capital, que somou quase a metade das mortes: seis. No ano passado, também em janeiro, foram duas.
"O que a gente verificou é que mais policiais foram vítimas de roubo e reagiram", disse à Folha o major da PM Rodrigo Vilardi, assessor da Coordenadoria de Políticas de Segurança Pública da SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública).
Segundo ele, nos casos em que os policiais não foram vítimas, eles flagraram criminosos atacando outras pessoas e reagiram.
"Quando o policial se envolve em ocorrências, inclusive de folga, que geram estresse, geram a possibilidade de impacto psicológico, eles são encaminhados para o PAAPM [Programa de Acompanhamento e Apoio ao Policial Militar]", afirmou o oficial.
Já os casos de mortes envolvendo policiais em serviço se manteve estável em janeiro deste ano: 23, o mesmo número registrado no mês em 2022.
Assim como no ano passado, a capital foi a região com mais mortes no período.
O Comando de Policiamento de Choque, que incluiu a Rota e o COE, foi responsável por 5 das 23 mortes neste ano. No ano passado, apenas uma ocorrência havia sido registrada.
Em um dos casos, em 12 de janeiro, quatro policiais militares da Rota participaram de uma ação que resultou na morte de dois homens e deixou um outro em estado grave durante uma suposta perseguição na rua da Consolação, região central de São Paulo.
Conforme o boletim de ocorrência, os PMs disparam 28 vezes. Os tiros partiram de dois fuzis, dos calibres 762 e 556, e de pistola .40. A polícia, ainda de acordo com o registro, iniciou os disparos após os suspeitos ameaçarem atirar.
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