SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Polícia Federal fez uma operação nesta semana para retomar o controle da comunidade Homoxi, uma das regiões com maior presença de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

A PF queimou maquinários usados para extração de minérios e acampamentos do garimpo ilegal na comunidade Homoxi.

Cerca de 615 pessoas moram na comunidade Homoxi, onde garimpeiros montaram uma base operacional após a tomada da pista de pouso da região. Na sexta-feira (10), foi destruído um avião usado ilegalmente para chegar a Terra Yanomami e abastecer o garimpo. A aeronave monomotor estava camuflada numa pista de pouso improvisada no município do Cantá, interior de Roraima.

Ao todo, a PF, Ibama e PRF desmontaram nesta semana mais de 190 acampamentos ilegais na Terra Yanomami. Também foram inutilizados mais de 100 equipamentos como balsas e geradores de energia elétrica. A destruição de maquinário pesado tenta desestimular que garimpeiros, já identificados, retornem aos acampamentos e recuperam equipamentos que a operação não consegue retirar do local.

A ação desta semana faz parte da Operação Omawe, deflagrada na primeira quinzena de fevereiro para retirar todos os não indígenas da reserva. O nome da operação faz referência a um herói ancestral yanomami.

A Terra Indígena Yanomami enfrenta uma crise humanitária sem precedentes com casos graves de malária e desnutrição severa. Os problemas foram agravados pelo avanço do garimpo ilegal nos últimos anos.

Desde o dia 20 de janeiro, uma força-tarefa, que inclui ações sanitárias, de saúde e de retirada dos garimpeiros, foi criada pelo governo federal para atender a indígenas do povo yanomami.


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