SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma campanha encabeçada pela associação yanomami Urihi e a agência publicitária DM9 busca conscientizar artistas de Hollywood das repercussões do garimpo ilegal de ouro. A ação propõe uma estatueta de Omama, que é considerado pelos yanomamis como guerreiro, criador e protetor do seu povo.

A peça desenvolvida para a campanha lembra o modelo daquela entregue aos vencedores do Oscar, mas com a diferença de não ser banhada em ouro. Por isso mesmo, ela funciona como um modo de conscientizar dos malefícios decorrentes do garimpo ilegal.

"Ao carregar este ouro em sua ou pescoço nos próximos dias, você também tem a oportunidade de se posicionar em frente a milhões de pessoas e pedir para o mundo todo o fim do garimpo ilegal do ouro", afirma Júnior Yanomami, o presidente da associação Urihi, em um vídeo da campanha e fazendo referência às estrelas do cinema americano.

No mesmo vídeo, o presidente da iniciativa yanomami explica os impactos do garimpo ilegal. "O ouro ilegal é garimpado com mercúrio. Litros e mais litros são despejados nos nossos rios, matando nossos animais, matando nossas florestas, matando nosso povo."

A campanha é feita em meio à crise humanitária que os yanomamis passam e que ganhou destaque em janeiro, quando o governo federal decretou estado de Emergência de Saúde Pública de Relevância Nacional. Desnutrição severa, crescimento nos casos de malária e pneumonia infantil são alguns dos problemas associados a invasões de garimpeiros a territórios indígenas.

Desde então, ações mais severas são tomadas para conter o avanço do garimpo no território indígena.

O Oscar, cerimônia mais importante do cinema mundial, ocorre neste domingo (12). Além do prêmio de melhor filme, atrizes, atores, diretores e diversos outros profissionais da arte cinematográfica serão premiados.

O Brasil, por mais um ano, continua de fora da premiação.


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