SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Militar disse que "avaliação de risco" levou ao fechamento de imóveis ligados a torcidas organizadas do Palmeiras na rua Palestra Itália, em Perdizes, nesta segunda-feira (13). A colocação de tapumes ocorreu horas antes do jogo entre São Paulo e Água Santa, válido pelas quartas de final do Campeonato Paulista, no Allianz Parque, estádio alviverde.

Entre os locais cercados por tapumes metálicos estão a loja da Mancha Alvi Verde, principal organizada do Palmeiras, a sede da torcida Acadêmicos da Savóia, além da L'Osteria Palestra, qual o proprietário é diretor da Mancha, e da loja Verde e Branco Mania.

"Tal medida, tem por finalidade adotar os mesmos procedimentos do evento realizado no Morumbi, entre Palmeiras e Santos, onde foi isolada a sede da torcida organizada Independente. O isolamento auxilia no controle de multidões, e dificulta ações isoladas de depredação", diz trecho da nota da PM.

Conforme a Polícia Militar, o isolamento dos locais foi definido em reunião no dia 9 de março, que contou com a presença da Polícia Civil, representantes do Palmeiras, do São Paulo, da WTorre, empresa responsável pelo estádio, além de membros das organizadas de ambos os times.

O delegado Cesar Saad, responsável pela Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), confirmou o encontro e o acordo entre diversas partes sobre o isolamento dos locais ligados ao clube alviverde.

O São Paulo vai mandar o jogo no estádio palmeirenses após um acordo ente as duas diretorias. O pacto entre os clubes permitiu que o Palmeiras jogasse contra o Santos no estádio do Morumbi, na zona oeste, em fevereiro.

De acordo com a Polícia Militar, não há impedimento no funcionamento dos bares no entorno do Allianz Parque que optarem por abrir.

A PM disse que vai manter o policiamento de praxe em dia de eventos esportivos.

A diretoria da Mancha Alvi Verde publicou em suas redes sociais na quarta-feira (8) uma nota em que critica o empréstimo do estádio ao São Paulo. Sob o título "uma afronta a nossa história", a entidade disse que "nenhum equívoco cometido neste primeiro ano de gestão [Leila Pereira] se equipara à inaceitável decisão de ceder o Allianz Parque ao clube que, décadas atrás, tentou tomar a nossa casa".

"O empréstimo do Allianz Parque a um clube inimigo desconsidera uma série de fatores: o entorno do estádio, com a presença de incontáveis sedes de torcida, lojas, bares e estabelecimentos que respiram Palmeiras; o direito de ir e vir dos associados do clube social; e mesmo a segurança dos moradores de um bairro alviverde como nenhum outro", diz trecho do texto.


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