SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - O motorista Glauber Humberto Florentino, 35, foi achado morto em um canavial, com golpes da cabeça e abdômen, em Bento de Abreu (a 615 km de São Paulo) na noite de domingo (12).

Luis André Justimiano, 33, foi preso após confessar o crime e indicar o local onde estava o corpo, segundo a polícia. Ele também teria relatado que conheceu a vítima em um aplicativo de paquera e que o matou após uma discussão.

Marylin Daiana Alves, advogada do detido, diz que o cliente sofre de doenças mentais, faz tratamento psiquiátrico e psicológico desde 2019 e que teve um surto psicótico no momento do crime. O crime está sendo investigado como latrocínio, já que, segundo a polícia, o preso afirmou ter roubado e vendido o carro de Florentino.

Florentino estava desaparecido desde o dia 1º. O corpo foi encontrado enterrado na lavoura de cana na cidade do interior de São Paulo. O carro da vítima foi roubado pelo suspeito, segundo a polícia, que o matou com um taco de beisebol que estava no veículo.

A vítima, segundo a Polícia Civil, conheceu o suspeito há quatro meses em um aplicativo. Os dois moravam em Araçatuba, cidade a 45 km de onde o corpo foi localizado, e era a segunda vez que se encontravam. Antes, ainda pelo relato da polícia, os dois já haviam tido um encontro amoroso no apartamento do suspeito.

Florentino buscou Justimiano na casa dele. Depois disso, a vítima não foi mais vista. No dia seguinte, familiares da vítima procuraram a polícia e registraram o desaparecimento do motorista.

"Inicialmente o suspeito negou o crime e disse que apenas pegou carona com o motorista até o terminal rodoviário. No entanto, vimos que não havia ônibus no horário que ele disse e desconfiamos dessa versão", disse Antônio Paulo Nadal, delegado responsável pelo caso.

A prisão preventiva do suspeito foi decretada e ele foi preso na noite de domingo, em sua casa e confessou o crime, segundo a Polícia Civil.

Conforme o delegado, no depoimento, Justimiano disse que os dois tiveram uma discussão e que ele o agrediu com um soco no rosto, deixando a vítima inconsciente.

Depois o suspeito teria assumido a direção do carro e dirigiu por cerca de três quilômetros até o canavial. Durante o trajeto, Florentino teria acordado e o suspeito então o golpeou com um taco de beisebol, que estava no banco de trás do veículo.

Em seguida, ele enterrou o corpo da vítima em um canavial, onde a equipe da polícia encontrou o cadáver.

A principal hipótese é de latrocínio (roubo seguido de morte), segundo o delegado, porque o preso afirmou em depoimento que vendeu o carro da vítima por R$ 9.000. No entanto, a polícia não descarta outras possibilidades, como homicídio seguido de ocultação de cadáver -caso a morte tenha ocorrido em decorrência da discussão.

"A defesa alega que ele teve um surto psiquiátrico. Tudo será investigado", afirmou Nadal. Segundo a advogada de Justimiano, no dia seguinte ao crime o cliente usou o carro da vítima para ir à consulta com a psicóloga.

"Ele sofre de insanidade mental, comprovadamente e recebe auxílio previdenciário devido à doença. Assim que o inquérito for concluído, vamos entrar com pedido judicial para que ele deixe a cadeia e seja encaminhado para tratamento psiquiátrico", disse.


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