SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Você sabe por que o dia 22 de março é lembrado no planeta todo como o Dia Mundial da Água? O líquido é considerado o bem mais valioso e essencial para a manutenção da vida.

A data foi criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em março de 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro.

Por conta disso, o evento ficou conhecido como ECO-92. A partir de então, nessa mesma data todos os anos ocorrem discussões sobre os diversos temas relacionadas a este bem natural fundamental.

A cada ano, a ONU escolhe um tema diferente para ser discutido que corresponde a um desafio atual ou futuro. Neste ano, o tema é "Seja a Mudança que Você Quer Ver no Mundo", que foi baseado na fábula do beija-flor que tenta fazer sua parte para tentar apagar um incêndio em sua floresta.

De hoje até a sexta-feira (24), Nova York recebe a Conferência da ONU sobre a água. O encontro decidirá ação conjunta para alcançar os objetivos e metas internacionais acordados sobre o tema, incluindo os que estão presentes na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

O principal resultado da Conferência será o lançamento da Agenda de Ação da Água, que representa comprometimentos voluntários de todos os níveis, incluindo governos, instituições e comunidades locais.

"A Conferência da Água da ONU de 2023 em março deve resultar em uma ousada Agenda de Ação pela Água que dê à força vital de nosso mundo o compromisso que ela merece", diz António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.

A ONU examinará a partir de quarta-feira (22) a crise mundial da água, um problema ignorado durante muito tempo, apesar das milhões de pessoas que correm o risco de sofrer com a escassez ou, pelo contrário, o excesso da denominada "força vital" do planeta.

"Esta é a primeira vez em 46 anos que o mundo se reúne para abordar a questão da água. E é agora ou nunca, esta é a oportunidade", declarou à AFP Henk Ovink, representante especial para o tema da Holanda, país que organiza em parceria com o Tadjiquistão a conferência sobre a água.

A última conferência desta dimensão sobre um tema que não é coberto por nenhum tratado mundial e nem é da competência de nenhuma agência especializada da ONU aconteceu em 1997 em Mar del Plata (Argentina).

A evidência, no entanto, é clara. "Nós quebramos o ciclo da água", lamenta Henk Ovik.

"Estamos extraindo muita água do solo, estamos contaminando a água restante. E agora há tanta água na atmosfera que está afetando nossas economias e nossa população devido às mudanças climáticas".

O resultado é muita água de um lado e escassez de outro, com inundações e secas que aumentam em todo o planeta como consequência do aquecimento global provocado pelas atividades humanas.

De acordo com a ONU, 2,3 bilhões de pessoas vivem em países com estresse hídrico. Além disso, em 2020, quase dois bilhões de pessoas não tinham acesso à água potável, quase 3,6 bilhões não contavam com instalações sanitárias e 2,3 bilhões não tinham condições de lavar as mãos em casa.

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A FÁBULA DO BEIJA-FLOR

Era uma vez uma floresta, onde um incêndio teve início. Todos os animais fugiram para salvar suas vidas. Eles ficaram à beira do fogo, olhando para as chamas com terror e tristeza.

Acima de suas cabeças, um beija-flor voava de um lado para outro em direção ao incêndio, repetidamente. Os animais maiores perguntaram a ele o que estava fazendo:

? Estou voando até o lago para pegar e usá-la no combate ao fogo.

Os animais riram dele e disseram:

? Você é louco! Você não vai conseguir apagar o incêndio!

E o beija-flor replicou:

? Estou fazendo aquilo que posso.

O Beija-flor está ajudando a solucionar o problema, gota a gota. Ele está sendo a mudança que deseja ver no mundo.


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