SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Lançados há uma semana pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), os aplicativos educacionais apresentaram falhas ao serem usados em sala de aula nas escolas estaduais de São Paulo.

Na quinta-feira (16), o secretário de Educação, Renato Feder, disse que os aplicativos iriam ajudar os professores a economizar tempo durante as atividades e que eram fáceis de utilizar. Na prática, no entanto, há relatos de docentes que dizem que não conseguem acessar as plataformas -que são de uso obrigatório em sala de aula.

Em nota, a secretaria disse que o simulado está sendo aplicado normalmente e que "houve breve instabilidade, já solucionada". A pasta não informou qual foi o erro encontrado, quantos alunos foram afetados e por quanto tempo o aplicativo ficou indisponível.

Nesta quinta-feira (23), todas as cerca de 5.500 escolas estaduais paulistas deveriam aplicar um simulado da Prova Paulista aos alunos, pelo aplicativo do Centro de Mídias. Durante a manhã, docentes e alunos relataram não terem conseguido acessar a plataforma. Uma mensagem de erro aparecia na tela ao tentarem acessar.

Ainda na manhã desta quinta, por volta das 9h40, a Citem (Coordenadoria de Informação, Tecnologia, Evidências e Matrículas) enviou um email a todas as 97 diretorias de ensino do estado informando que "estava ciente dos problemas encontrados para realização do simulado" e que as equipes técnicas já estavam trabalhando para solucioná-los o mais breve possível.

Não foi informado às escolas qual seria o prazo para a normalização do sistema.

A Folha recebeu registros de professores de quatro escolas que não conseguiram acessar o aplicativo das 8h às 12h30 desta quinta. Segundo eles, as falhas prejudicam o planejamento escolar, já que haviam reservado o dia e preparado os alunos para fazer o simulado, conforme orientação que receberam da secretaria.

Em nota, a pasta disse ainda que o teste de aplicação da prova "foi planejado para que a secretaria pudesse identificar possíveis instabilidades" e que a avaliação de fato será aplicada formalmente nos dias 28 e 29 de março.

Professores também registraram falhas ao usar o aplicativo Aluno Presente, uma espécie de diário de classe digital onde controlam a falha dos alunos. Eles têm documentado diariamente erros ao tentar acessar a plataforma.

Empresário da área de tecnologia, Feder aposta na introdução de ferramentas digitais para melhorar a qualidade da educação paulista. Os aplicativos lançados na última quinta foram os primeiros anúncios de sua gestão.

A prova, a qual os alunos deveriam fazer o simulado nesta quinta, já era aplicada há ao menos quatro anos. Ela é feita com os estudantes ao fim de cada ano. Feder anunciou a mudança do nome da avaliação, de AAP (Avaliação da Aprendizagem em Processo) para Prova Paulista.

A avaliação segue com o mesmo modelo anterior, sendo feita digitalmente. A mudança com a introdução do aplicativo, segundo a promessa de Feder, é que o resultado do desempenho dos alunos estará disponível para os professores 24 horas após a aplicação da prova.


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