SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) decretaram ponto facultativo para os servidores públicos estaduais e municipais, respectivamente, nesta sexta-feira (24).
A decisão se baseia na incerteza da continuação da paralisação dos metroviários, iniciada nesta quinta e com previsão inicial para durar 24 horas.
O Sindicato dos Metroviários realiza assembleia na noite desta quinta (23) para avaliar a greve e decidir se a categoria prossegue ou não parada.
Em nota enviada à imprensa, o governador anunciou o ponto facultativo nas repartições públicas estaduais da capital e da região metropolitana de São Paulo.
Já o comunicado de Nunes citou as exceções, que não terão ponto facultativo: serviços essenciais como serviço funerário, unidades de atendimento das secretarias de Saúde e Assistência Social, toda a rede municipal de ensino e a segurança.
O vaivém de decisões sobre a greve confundiu os passageiros desde o início da manhã desta quinta, provocando aglomeração nas estações e superlotando os ônibus e trens, que mantiveram suas rotinas diárias.
ENTENDA A GREVE NO METRÔ DE SP
O que os metroviários pedem
- Pagamento de abono salarial para repor o não pagamento das PRs (participação nos lucros) de 2020 a 2022
- Revogação de demissões por aposentadoria especial
- Revogação de desligamentos realizados em 2019
- Fim das terceirizações e privatizações
- Abertura imediata de concurso público para repor o quadro defasado de funcionários
O que diz o Metrô
Afirma não ter dinheiro para pagar o abono salarial neste momento, alegando que a empresa teve quedas significativas de arrecadação devido à pandemia e ainda não teve o retorno total da demanda de passageiros, se comparada a 2019
VAIVÉM SOBRE ABERTURA DAS CATRACAS
Na véspera da greve
- Justiça rejeita liminar do Metrô e permite catraca livre em caso de greve
- Sem acordo com empresa, metroviários anunciam greve
- Metrô não divulga se vai liberar passageiros de graça
No dia da greve
- Metroviários entram em greve, com estações fechadas
- Funcionários afirmam que voltariam ao trabalho com catracas livres
- Metrô anuncia que aceita liberar catracas
- Metroviários dizem que estão a postos para trabalhar, mas estado não libera passageiros
- Gestão Tarcísio acusa funcionários de não terem voltado ao trabalho
- Justiça revê decisão e manda metroviários garantirem 80% do serviço durante a greve
- Funcionários dizem que não vão voltar ao trabalho sem catraca livre
- 7.200 metroviários compõem o quadro. Desse total, 3.800 são funcionários diretamente ligados à operação dos trens, sendo que cerca de 700 trabalham ao mesmo tempo nas quatro linhas
3 milhões
é o número atual de passageiros do sistema por dia, segundo o Metrô. Antes da pandemia, a média ficava entre 3,8 milhões e 4 milhões de passageiros
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