RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O governo do Acre decretou nesta sexta-feira (24) situação de emergência para enfrentar inundações na capital, Rio Branco. Segundo o boletim boletim mais recente, cerca de 23 mil pessoas já foram atendidas pelas equipes mobilizadas pelo Corpo de Bombeiros.
Mais de 5.000 famílias estão desalojadas, e o governo disponibilizou escolas para servirem de abrigo emergencial. Uma campanha lançada na sexta arrecada doações de bens e mantimentos para ajudar essas famílias.
A cheia no rio Acre e o transbordamento de sete igarapés atingiram 36 bairros da capital. Na noite de sexta, o nível de medição do rio estava em 16,5 metros, acima da cota de alerta (13,5 metros) e também da cota de transbordamento (14 metros). A previsão era de mais chuvas na região.
Os alagamentos afetaram ruas, estradas, interromperam o abastecimento de águas em bairros da capital e levaram ao fechamento de unidades de saúde. As aulas nas redes municipal e estadual foram suspensas na sexta.
"Fiquei impressionado com os estragos causados por conta dessa chuva. Muitas casas estão debaixo d'água e o momento pede a união de todos", disse o governador Gladson Cameli após sobrevoo a áreas atingidas na tarde de sexta.
A situação de emergência libera órgãos e entidades da administração pública do estado para realizar despesas necessárias para instalação e manutenção de abrigos, fornecimento de insumos, suporte logístico e as demais medidas urgentes.
Durante a sexta-feira, foram mobilizadas equipes de emergência e embarcações para resgatar pessoas. Mais de 500 agentes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil e secretarias dos governos municipal e estadual estiveram envolvidos em operações de prevenção e resgate.
Com estradas alagadas e um trecho da BR-364 fechada, o governo disponibilizou ainda areonaves para o transporte de pacientes. Uma mulher de 54 anos, com diagnóstico de AVC (acidente vascular cerebral), teve que ser deslocada de Sena Madureira para Rio Branco em um helicóptero.
O governo lançou uma campanha de coleta de insumos emergenciais, batizada de Juntos pelo Acre. O objetivo é arrecadar cestas básicas, água mineral, material de higiene pessoal, roupas e fraldas. Também podem ser doados colchões, lençóis, cobertores e roupas de cama, além de ração para animais.
Na manhã deste sábado (25), o governo informou que 16 escolas estão recebendo desalojados. "A escola é da comunidade e nós estamos de portas abertas para recebê-la", disse a gestora da Escola Santa João Paulo II, Janete Bezerra. "Não podemos virar as costas em um momento tão importante de calamidade pública."
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