SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um aluno da Escola Estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra (SP), afirma ter sido ameaçado pelo adolescente de 13 anos que matou uma professora e deixou cinco pessoas feridas nesta segunda-feira (27), em São Paulo.

O menino de 12 anos conta que passou a receber ameaças de morte por mensagens de celular em fevereiro, após deixar de falar com o adolescente agressor.

Os dois estudavam juntos na escola de Taboão e eram amigos. Costumavam jogar games online. Segundo o aluno de 12 anos relatou à reportagem, o autor do ataque disse que era satanista e que o mataria e mataria também a mãe do amigo. A partir daí, a amizade foi cortada, mas as ameaças continuaram.

A mãe do menino de 12 anos afirma que tomou conhecimento das mensagens no dia 7 de fevereiro. Cerca de uma semana depois, comunicou os fatos à direção da escola José Roberto Pacheco.

A Secretaria da Educação do Estado foi procurada por volta das 14h10, mas não respondeu até a publicação deste texto. No dia 28 de fevereiro, contudo, a escola registrou um boletim de ocorrência relatando o comportamento agressivo do aluno e suas ameaças.

Mãe e filho vão prestar depoimento no 34º DP (Vila Sônia), onde o caso está sendo investigado.

De acordo com a mãe do aluno ameaçado, um dia o autor do ataque a encontrou na porta da escola e pediu que ela não mostrasse as mensagens para os pais dele. Disse, ainda, que tudo se tratava de uma brincadeira e pediu desculpas.

A mãe do aluno de 12 anos afirmou também que, depois de relatar os fatos, foi informada pela direção da escola de Taboão que o adolescente seria encaminhado para atendimento no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) e que os pais dele tinham sido avisados.

Logo depois, o adolescente de 13 anos foi transferido para a Escola Estadual Thomazia Montoro, onde ocorreu o ataque nesta segunda. Diante da tragédia, a mãe do menino de 12 anos lamentou a falta de ação do Estado, da escola e dela própria, e disse que todos falharam.

Ela contou ainda que, quando viu as primeiras imagens do ataque, logo reconheceu o colega do filho porque ele usava a mesma máscara que ela já havia visto nos vídeos que ele enviava para seu filho.


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