BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) decidiu nesta terça-feira (11), por unanimidade, abrir um PAD (procedimento administrativo disciplinar) contra o juiz Valmir Maurici Júnior, da 5ª Vara Cível de Guarulhos (SP), acusado de agressões sexuais, físicas e psicológicas à ex-mulher.

O colegiado determinou também seu afastamento do trabalho --Maurici Júnior já estava afastado das funções por determinação da corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Ao defender a abertura do procedimento, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, mencionou termos como "gravidade acentuada" e "prática reiterada" de violência doméstica.

Salomão frisou ainda que Maurici Júnior "fez uso de símbolos do poder, inclusive com o artifício de intimidação para impedir que atos de violência fossem denunciados".

As agressões teriam ocorrido em 2022, em Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo. O caso foi revelado pelo G1, que exibiu vídeos com cenas da violência (tapas, chutes e xingamentos).

A defesa do juiz negou as acusações após a divulgação das imagens. Na sessão desta terça do CNJ, alegou distorção dos fatos noticiados pela imprensa e afirmou que contestará as acusações nos autos do processo disciplinar. Os advogados se colocaram à disposição do conselho.

Maurici Júnior responde a procedimento também no Tribunal de Justiça de São Paulo, onde uma apuração preliminar foi instaurada e aberto prazo para que o magistrado apresente sua defesa. "Tanto o magistrado como seu advogado já foram devidamente intimados", afirmou o TJ por meio de nota.


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