SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Sandra Mathias Correia de Sá, 53, disse em depoimento que "se defendeu" após sofrer ameaças e ofensas homofóbicas. Ela agrediu entregadores no Rio no último fim de semana.

Ela negou ter feito ofensas racistas, desmentindo o entregador, e disse que usou a guia do cachorro "para se defender" após ter sido segurada.

A TV Globo teve acesso ao depoimento dela de ontem, quando Sandra falou à polícia por cerca de 3 horas. Nem ela, nem seu advogado quiseram falar com os jornalistas na saída da delegacia.

Sandra afirmou à polícia que a confusão começou dias antes, em 4 de abril, quando na versão dela, houve uma discussão com a entregadora Viviane Souza, 38, que aparece nas imagens do dia 9 de abril sendo mordida pela ex-atleta.

Ela ainda alegou que Max Ângelo dos Santos, 36, um dos entregadores, a segurou com força. Os vídeos que se tornaram públicos, porém, não mostram isso.

DECLARAÇÕES SOBRE OS ACONTECIMENTOS DE 4 DE ABRIL

Segundo Sandra, Max passou perto dela de bicicleta, e ela entendeu o fato como "desrespeito", e que foi à loja física de entrega para denunciar o entregador aos gerentes.

Ela afirmou que, enquanto estava no estabelecimento, o entregador a filmava e dizia "palavras homofóbicas e provocativas". Este vídeo, porém, ainda não foi divulgado.

Segundo o depoimento, Sandra disse que as ofensas foram recíprocas, e que não fez ofensas racistas contra Max.

DECLARAÇÕES DE SANDRA SOBRE 9 DE ABRIL

A ex-atleta disse à polícia que passava na calçada com sua cachorra quando Viviane falou: "E aí, mano? Quando você vai parar de me cuspir?"; mas que ela nunca cuspiu em ninguém.

Ela admitiu ter dado um soco na entregadora "após ser ofendida".

Viviane teria, na versão dela, chutado o seu rosto duas vezes, com ajuda de Max. Viviane porém, nega os chutes e diz que "só empurrei ela com o pé".

A agressora também negou ter mordido a entregadora. Mas as imagens das agressões mostram quando isso acontece.

RELEMBRE O CASO

A nutricionista agrediu com socos o entregador Max Ângelo dos Santos. O caso ocorreu na calçada do prédio em que ela mora.

Max passou por exames no IML no domingo e depôs na 15ª DP, onde registrou a ocorrência. A polícia investiga os crimes de agressão e injúria racial.

Max afirma que não quer nenhum acordo judicial, e sim que Sandra seja punida pelos crimes. A entregadora Viviane Souza, que também foi agredida por Sandra no mesmo dia, também já depôs.

Imagens mostram que ela pega a guia da coleira de seu cachorro e dá uma chicotada nas costas do entregador.


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