SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirma que a prisão de Thiago Brennand, 43, junto com a confirmação da extradição para o Brasil, é uma notícia positiva para que o "processo judicial sobre as acusações de estupro, agressão, cárcere privado e ameaça contra ele possa correr devidamente no Brasil".
O empresário responde a oito processos e tem cinco pedidos de prisão decretados pela Justiça de São Paulo por crimes sexuais, como estupro, além de agressões.
Pelas redes sociais, a ministra diz que é comum que vítimas passem a desacreditar do sistema judicial quando não veem resultado sobre as acusações. "Hoje, a PF vai fazer com que ele cumpra os cinco mandados de prisão preventiva, seja devidamente investigado e julgado, como deve ser. O Brasil que respeita as mulheres voltou!", escreveu ela.
Brennand foi preso nesta segunda (17) em Abu Dhabi, poucos dias após autoridades dos Emirados Árabes terem aceitado o pedido de extradição do governo brasileiro. A prisão é uma etapa necessária para o andamento do processo.
Assim que desembarcar no Brasil, ele será levado para a audiência de custódia. Em seguida, será encaminhado para o sistema penitenciário --o destino, cogita-se, seria o CDP (Centro de Detenção Provisoria) 2 de Guarulhos.
A expectativa era de que agentes embarcassem nesta terça-feira (18) para o país e que o empresário chegasse ainda na sexta (21) ao Brasil. Porém o procedimento não pode ser concluído sem a comunicação oficial da autoridade do país para onde o empresário viajou no início de setembro.
O governo brasileiro já tem conhecimento da prisão, mas ainda aguarda a comunicação para que agentes da Polícia Federal viajem aos Emirados Árabes Unidos para a conclusão dos trâmites.
Por meio de nota, o Ministério Público de São Paulo diz que a iminente extradição de Brennand representa "uma vitória para o sistema de Justiça do Brasil".
A Promotoria considera que, com a presença do empresário em solo brasileiro, o andamento das ações será acelerado, assim como as "demais investigações que estão em andamento no âmbito do Ministério Público".
A PF afirma que, por questões de segurança, informações sobre extradição não são divulgadas até a sua efetiva realização, ou seja, até que o extraditando seja recolhido ao sistema prisional.
Em vídeos postados nas redes sociais, o empresário sempre negou todas as acusações. Em um deles, publicado no início do mês, ele afirmou que pretendia voltar ao Brasil e que devia desculpas a ex-advogados e a autoridades a quem ofendeu, mas que achava que seria preso "injustamente" no país.
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