BRASILIA, DF (FOLHAPRESS) - Durante a extradição de Thiago Brennand, 42, o empresário será algemado se apresentar atitudes violentas, segundo fontes da Polícia Federal. A Diretoria de Cooperação Internacional da PF está tratando do caso.

Nesta quarta-feira (26), a Embaixada do Brasil nos Emirados Árabes recebeu autorização para a extradição do empresário Thiago Brenand, 42. Acusado de crimes como agressão e estupro, o brasileiro tem cinco mandados de prisão preventiva.

A expectativa é que quatro funcionários da Polícia Federal participem da extradição de Brennand, sendo um deles lutador de jiu-jítsu.

Segundo o Painel, os policiais devem embarcar ainda nesta quarta-feira (26).

Em nota, o Itamaraty disse que o processo de implementação da extradição é conduzido pelo Ministério de Justiça e Segurança Pública, autoridade central para a cooperação jurídica internacional.

O secretário nacional de Justiça, Augusto Botelho, não confirmou a data de retorno do empresário, apenas afirmou que a extradição deve ocorrer em breve e que, agora, trata-se de uma questão meramente burocrática.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, confirmou que o governo brasileiro vai acelerar a vinda do empresário. "Será buscado com brevidade."

Assim, acabou detido em Abu Dhabi em outubro -ele pagou a fiança e responde o processo de extradição em liberdade. Ele ficou conhecido após agredir, em agosto de 2022, a modelo Alliny Helena Gomes, 37, durante discussão em uma academia de ginástica na zona oeste de São Paulo.

A extradição de Brennand acontece após as autoridades dos Emirados Árabes terem autorizado a extradição do empresário e, poucos dias depois, apreendido ele no dia 17, em Abu Dhabi. A prisão é uma etapa necessária para o andamento do processo de extradição de Brennand que tem cinco prisões preventivas decretadas e responde a oito denúncias.

A expectativa é que, assim que desembarque no Brasil, Brennand seja levado para a audiência de custódia. Em seguida, será encaminhado para o sistema penitenciário -o destino, cogita-se, seria o CDP (Centro de Detenção Provisoria) 2 de Guarulhos. Fontes ligadas ao processo de extradição afirmam que os advogados do empresário tentavam negociar uma cela especial para ele.

A Promotoria considera que, com a presença do empresário em solo brasileiro, o andamento das ações será acelerado, assim como as "demais investigações que estão em andamento no âmbito do Ministério Público".

A PF afirmou por meio de nota que, por questões de segurança, informações sobre extradição não são divulgadas até a sua efetiva realização, ou seja, até que o extraditando seja recolhido ao sistema prisional.

ENTENDA 4 DOS 5 PEDIDOS DE PRISÃO CONTRA BRENNAND

Os detalhes sobre o quinto ainda não foram divulgados.

Após a acusação de agressão à modelo Alliny Helena Gomes, Brennand deixou o Brasil em 4 de setembro, horas antes da denúncia do Ministério Público. O órgão determinou que ele retornasse ao Brasil até 23 de setembro e entregasse o passaporte. Como não cumpriu a medida, ele teve a prisão preventiva decretada no dia 27 de setembro e tornou-se foragido. A viagem inicialmente foi para para Dubai, nos Emirados Árabes.

Logo depois, a Justiça decretou uma nova prisão contra Brennand, desta vez sob a acusação de tatuar à força e manter em cárcere privado uma mulher em Porto Feliz, no interior paulista.

No dia 7 de novembro, ele teve a terceira prisão preventiva decretada pela Justiça. Na ocasião, os promotores Evelyn Moura Virginio Martins e Josmar Tassignon Júnior apresentaram denúncia contra ele por suspeita de estupro que teria ocorrido também em Porto Feliz.

No dia 6 de março, ele teve a prisão preventiva decretada após a denúncia da miss e estudante de medicina Stefanie Cohen. Ela afirma que foi estuprada por Brennand em 2021.


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