SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O conselho universitário da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) aprovou por unanimidade nesta quarta-feira (26) uma política de ação afirmativa para a contratação de mais professores negros -o objetivo é ter ao menos 37% de negros no quadro docente.

A política será implementada a partir do segundo semestre deste ano e valerá ao menos até 2029. A aplicação da regra será reavaliada a cada dois anos. Segundo a instituição, atualmente apenas 5,34% dos professores se autodeclaram negros.

A taxa de 37% é baseada na porcentagem da população negra na cidade de São Paulo, segundo o Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

As mudanças na PUC ocorrem onze anos após a Lei de Cotas no Brasil, que reservou metade das matrículas em instituições federais de ensino para alunos que fizeram o ensino médio na rede pública. Entre esses estudantes, a lei reserva vagas para pretos, pardos e indígenas de acordo com a proporção na unidade da federação (estado ou Distrito Federal) em que a universidade se encontra.

Pesquisas apontam que a medida foi bem-sucedida, com os alunos cotistas tendo um desempenho acadêmico equivalente ao de não cotistas.

No ano passado, tomou possa a primeira reitora negra em uma universidade pública no país: Zélia Amador de Deus, que assumiu a direção da UFPA (Universidade Federal do Pará).


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