O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou, em nota, que orientou a empresa contratada para instalação de uma tirolesa no Pão de Açúcar a adotar uma série de procedimentos e soluções de modo a preservar o valor paisagístico do morro, que fundamenta o tombamento. Segundo o instituto, as soluções propostas foram contempladas no projeto aprovado. Não houve, no entanto, detalhamento sobre as soluções apresentadas.
O Iphan explicou ainda que “os serviços de execução da tirolesa estão ocorrendo conforme o projeto aprovado, como vem sendo verificado em fiscalizações realizadas pela autarquia, que tem adotado monitoramento constante da obra”. Devido ao fato de o Complexo do Pão de Açúcar ser tombado pelo Iphan desde 1973, interferências no local também precisam do aval do órgão
O projeto prevê um corte na rocha no pico do Pão de Açúcar para a implantação de um platô. “Registra-se que, neste caso, as intervenções em rocha, do ponto de vista do tombamento nacional, são admissíveis na escala do bem tombado e devem ser analisadas à luz do uso autorizado”, argumentou o instituto.
Críticas
A tirolesa está prevista para entrar em operação no segundo semestre do ano e que vem gerando protestos da sociedade civil. Associações de montanhismo do Rio, do Movimento Pão de Açúcar sem Tirolesa e da Associação de Moradores da Urca (Amaurca) criticam o projeto.
As entidades avaliam que a tirolesa pode trazer impactos ao meio ambiente e a flora e fauna locais. A Amaurca esclarece que o bairro é residencial e não terá condições de receber um número maior de carros e um movimento maior de pessoas em um bairro com uma entrada e uma saída apenas.
O projeto prevê quatro linhas de tirolesa, com três estações, em uma descida de 755 metros de extensão, com velocidade máxima de 100 quilômetros por hora (km/h). A duração do percurso será de quase 50 segundos. Até 100 pessoas poderão usar a tirolesa por hora.
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