SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Eliane Krubiniki, umas das passageiras do motorista de aplicativo Rafael Bitencourt, que teve celular furtado no dia da morte Matheus Campos da Silva, 21, afirmou à polícia ter identificado Silva como o ladrão. Silva foi atropelado e alvo de deboche nas redes sociais pelo condutor que o atingiu. Ele não tinha antecedentes e a família dele nega que ele estivesse envolvido com crimes.

Nesta sexta-feira (5), a testemunha prestou depoimento no 5º Distrito Policial de São Paulo. O outro passageiro, Fernando Krubiniki, marido de Eliane, corroborou com a versão da mulher.

Ambos disseram que o atropelador do jovem, Christopher Rodrigues, 27, estava desorientado e só foi avisado de que Silva era suspeito de furto após o incidente.

As testemunhas também disseram que foi solicitado socorro, o que, segundo o delegado do caso, Percival Alcântara, impede a possibilidade de indiciamento por negligência de ajuda.

O advogado da família do jovem morto, Walisson dos Reis, diz aguardar agora o fim do inquérito. Caso não seja demonstrado dolo (intenção) por parte de Christopher Rodrigues, o advogado deve pedir apoio do Ministério Público de São Paulo.

"Está tudo caminhando de forma técnica para mostrar que meu cliente não cometeu nenhum crime doloso, foi, de fato, um acidente", declara André Nino, defensor de Christopher Rodrigues.

O delegado Percival Alcântara prevê conclusão da investigação na próxima semana. "Os depoimentos de hoje foram fundamentais por serem de testemunhas diretas", diz Alcântara. "A falta de imagens é uma das maiores dificuldades do caso, o que aumenta a importância dos testemunhos."

Mesmo se o atropelamento for considerado acidental, Christopher Rodrigues ainda pode ser punido pelas publicações feitas após o incidente.


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