SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um professor do curso de enfermagem da Unifap (Universidade Federal do Amapá) foi denunciado por alunos em redes sociais após entrar na sala de aula com uma garrafa d'água adesivada com um símbolo nazista.

O caso chegou à direção da instituição e, neste sábado (20), a Superintendência de Ações Afirmativas e Direitos Humanos da instituição divulgou uma nota de repúdio.

"Informamos que já estamos adotando as medidas administrativas de competência desta Superintendência para garantir apuração rigorosa dos fatos informados publicamente em redes sociais na noite da última sexta-feira", diz o documento.

"Para além disso, destacamos nosso total repúdio a discursos de apologia ao nazismo que, além de crime, configuram um atentado reconhecido contra a dignidade e os direitos da pessoa humana", continua o texto.

A coordenação do curso de enfermagem também criticou o caso e lembrou que a apologia do nazismo é um crime previsto na legislação brasileira.

A lei 7.716, de 1989, estipula reclusão de 2 a 5 anos e multa para quem "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo".

Segundo a coordenação, não "podemos esquecer os horrores sofridos por milhões de judeus resultantes das ações do partido nazista alemão".

Após a publicação do posicionamento, estudantes pediram à universidade que, de fato, prossiga com a investigação.

A UNE (União Nacional dos Estudantes) também se manifestou. "É preciso que a universidade apure com urgência. A utilização de símbolos nazistas não é liberdade de expressão, nazismo é crime!", escreveu a entidade num post no Twitter.


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