SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O recado da Parada do Orgulho LGBT+, que acontece neste domingo (11), em São Paulo, sobre pessoas trans é que elas existem e têm direitos a família, esporte e alegria.
Grupos de futebol e outros apoiadores afirmam que a população precisa lutar por coisas básicas, como acessar o esporte.
"Nunca vimos tantos projetos de lei para impedir que pessoas trans pratiquem esporte", afirma o professor Bernardo Gonzales, 34, um dos organizadores do coletivo Sport Club T Mosqueteiros. O clube foi bicampeão da Taça da Diversidade, no sábado (10).
"O recado é: crianças e adolescentes trans que queiram estar em esporte, de alto rendimento ou não, vocês têm essa possibilidade", diz ele.
Para o professor, acessar o esporte é algo inexistente na escola, ambiente que também pressiona a identidade de crianças trans e adolescentes.
"Ter coletivos assim ajuda a escrever um futuro diferente para essa história de violência no esporte."
É para proteger esses direitos que o cordão Mães Pela Diversidade cantava "ser trans é um direito, nossos filhos só precisam de respeito" à frente do primeiro trio elétrico da parada.
"Viemos para o abre-alas da parada na perspectiva de dar visibilidade ao tema e às famílias", afirma Thamirys Nunes, 33, fundadora e presidente da ONG Minha Criança Trans.
"Crianças e adolescentes trans existem, essas famílias existem, a gente luta para acabar com esses tabus e proteger nossos filhos."
Já na rua da Consolação -o evento que começou na avenida Paulista termina na praça Roosevelt, na região central de São Paulo-, a parada virou festa com uma sequência de trios elétricos. "Mas temos mesmo que celebrar nossa vida, pois querem que a gente morra", diz o professor Camu, 26.
Ele e a estudante de moda Lolly Dollheart estão no quarto ano de parada, com uma fantasia customizada.
"Acho que as pessoas falam que virou parada festa vazia, mas alegria das pessoas LGBT+ nunca vai ser vazia", afirma Dolly.
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