CAMBÉ, PR (FOLHAPRESS) - O delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Fernando Amarantino Ribeiro, afirmou que o ex-aluno que matou uma estudante e deixou outro em estado grave planejou o atentado a tiros no local nos últimos meses. À polícia, segundo o delegado, o atirador disse que foi uma vingança pelo período em que sofria bullying na unidade escolar até 2014.
"No pensamento dele, estaria retaliando aquele sofrimento", disse Ribeiro. "Ele tinha essa ideia na cabeça há quatro anos. Ele comprou o revólver com tempo considerável, há um mês e meio, e comprou a machadinha no dia 10 de junho."
O suspeito utilizou um revólver calibre 38, comprado em Rolândia (PR), e entrou na escola com 50 munições e 7 carregadores, segundo o secretário de Segurança Pública do estado do Paraná, Hudson Teixeira. "O objetivo era entrar no colégio e matar o máximo de pessoas possível", disse o secretário.
O delegado Ribeiro afirmou que o atirador narra os fatos "com muita naturalidade e muita lucidez".
Ao delegado, o ex-aluno informou ter sido diagnosticado com esquizofrenia e que passa por acompanhamento da Secretaria de Saúde de Rolândia, cidade vizinha onde mora. "Isso tudo vai ser averiguado, nomes dos profissionais, medicamentos. Ele alega que tem perturbações, vê pessoas e coisas e ouve vozes, são as palavras que ele utilizou."
O delegado-chefe informou que seis pessoas foram ouvidas até o momento. Além dos policiais que fizeram a prisão em flagrante, depuseram o parente de um aluno que ajudou a conter o atirador e pessoas que podem ter ligação com o crime --podem ter auxiliado o jovem na gravação de vídeos para redes sociais.
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