"Este prazer que eu tenho no nome é o prazer que eu divido com o povo. Este povo com quem eu reparto este prazer. Este povo que sofre, este povo que trabalha, este povo alegre que eu compartilho a alegria desse povo”. O verso, escrito por Heitor dos Prazeres (1898-1966), além de uma apresentação pessoal, ajuda a dimensionar a vida e a obra do artista. Alguém com múltiplos talentos e habilidades, conectado intensamente com a cultura popular do país, especialmente da população afro-brasileira. A partir desta quarta-feira (28), Heitor é o tema da nova exposição em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no Rio de Janeiro.
Mais de 200 obras estão presentes na mostra “Heitor dos Prazeres é meu nome”, uma espécie de retrospectiva da produção artística nos campos visual, musical, literário e da moda. Quem visitar as dez salas da exposição vai ter uma pequena amostra de um trabalho que é marcado pela variedade de materiais e linguagens. São pinturas, canções, partituras, projetos, desenhos, discos e indumentárias que marcaram a trajetória do pintor, sambista, compositor e instrumentista.