SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A USP (Universidade de São Paulo) protocolou junto à secretaria estadual de educação paulista a intenção de oferecer um vestibular seriado como forma de ingresso em seus cursos de graduação.
O exame deve ser aplicado a estudantes durante 1º, 2º e 3º anos do ensino médio em escolas públicas a partir deste ano.
Chamado Provão Paulista, o projeto ainda tenta adesão de Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
Para a primeira edição, com ingresso em 2024, a USP planeja oferecer 1.500 vagas, das quais 555 serão destinadas para estudantes pretos, pardos e indígenas.
A intenção dos gestores da universidade paulista é conquistar alunos da rede pública. Aluísio Segurado, pró-reitor de graduação, diz que apenas 16% dos 400 mil alunos que concluíram o ensino médio público em 2022 participaram do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e 8,7% da Fuvest.
Para garantir a permanência desses estudantes na USP, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) cogita oferecer bolsas de estudos de R$ 800 mensais. Também são negociadas vagas de estágio remunerado --inicialmente R$ 2.100 mensais-- para estudantes dos 28 cursos de licenciatura oferecidos na instituição.
Segundo o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior, as negociações com o governo de São Paulo deverão ter continuidade e detalhes do projeto, como elaboração das provas, apresentados em reunião prevista para o dia 1º de agosto.
Nesta terça-feira (27), a USP subiu 30 posições no ranking de universidade QS World e agora é considerada a melhor instituição de ensino superior América Latina, sendo a 85° melhor do mundo.
Na edição anterior, de 2023, a universidade paulista estava na marca 115 e era a terceira mais bem colocada da América Latina, ficando atrás da UBA (Universidade de Buenos Aires) e da Unam (Universidade Nacional Autônoma do México).
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