RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil e a Promotoria do Rio de Janeiro realizaram nesta quarta-feira (28) uma operação contra um grupo suspeito de realizar sequestros, extorsões e torturas. Segundo a investigação, as vítimas e seus familiares eram obrigadas a fazer transferências por Pix.
Os casos ocorriam em áreas comandadas pela facção criminosa TCP (Terceiro Comando Puro) na capital fluminense. No total, 28 pessoas foram presas.
De acordo com a polícia, os suspeitos atraíam as vítimas através de anúncios falsos de vendas de veículos. Quando as pessoas chegavam ao local combinado, eram levadas para o interior de uma comunidade e roubadas.
Em certos casos, os criminosos submetiam as vítimas a tortura por sufocamento, golpes com tijolos e ameaças de estupro. Também realizavam videochamadas com parentes na tentativa de obter mais transferências via Pix.
"Eles fizeram vários anúncios, que foram repetidos várias vezes. Faziam anúncios de carros que variavam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, carros populares ou carros com a idade avançada, com preço parecido com o de mercado para que a vítima não suspeitasse que poderia ser golpe e não fosse lá", afirmou o delegado José Mário Omena, responsável pela investigação.
Pelo menos 35 vítimas de diversos municípios do estado foram identificadas, em crimes ocorridos entre 2021 e 2022.
A polícia identificou a quadrilha a partir de um dos anúncios.
"As vítimas tinham seus bens subtraídos também, telefone, relógio, tudo de valor e, por último, tinha um grupo já destinado a vender esses bens e transformar em dinheiro", explicou o delegado. O prejuízo estimado às vítimas foi de R$ 600 mil.
Os presos foram denunciados à Justiça por roubo majorado, sequestro relâmpago e extorsão mediante sequestro.
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