SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um homem de 43 anos foi preso por suspeita de invadir o celular, compartilhar fotos íntimas das cunhadas e ameaçá-las em Minas Gerais.

As duas mulheres têm de 26 e 20 anos, e são cunhadas do suspeito. Além de ser casado com a irmã das vítimas, ele é padrinho do filho de uma delas.

As investigações mostraram que a mulher mais jovem tinha o conteúdo roubado há anos, quando ela ainda era adolescente. Ainda de acordo com a polícia, ele enviava as imagens das vítimas para perfis falsos que ele mesmo criava.

Uma das mulheres percebeu que alguém havia invadido seu celular e capturado fotos e vídeos íntimos. Ela disse que bloqueou o compartilhamento automático quando viu o acesso remoto e procurou a polícia em fevereiro deste ano.

O suspeito passou a enviar mensagens à mulher, com ameaça de divulgar as fotos e exigindo que ela continuasse o compartilhamento.

Uma vez, ele postou o conteúdo em um site de pornografia e enviou o link à vítima. Segundo explicou o delegado Gabriel Teixeira da Silva, ele disse que divulgaria o acesso a pessoas próximas à mulher.

"Conhecedor de meios tecnológicos e possuidor da confiança da vítima, o investigado conseguiu explorar o conteúdo disponível no celular. Desde então, de forma anônima, vinha promovendo ameaças, chantagens e constrangimentos", disse o Delegado Gabriel Teixeira da Silva

SUSPEITO TENTOU APAGAR PROVAS

Em maio deste ano, o homem foi alvo de busca e apreensão. Depois disso, a polícia percebeu que ele passou a tentar excluir o conteúdo e eliminar provas digitais.

Além disso, o suspeito continuou impondo violência psicológica contra a vítima de 26 anos: "Fato este que veio a agravar o dano emocional, por meio de constrangimento, humilhação e ridicularização em seu contexto familiar", disse o delegado.

Ele foi preso preventivamente na última sexta-feira (30), na segunda fase da operação Laços de Família, da Polícia Civil, em Belo Horizonte.

O suspeito responderá pelos crimes de perseguição, invasão de dispositivo informático, divulgação de nudez, violência psicológica contra a mulher e adquirir fotografia e vídeo que contém pornografia envolvendo adolescente.

Tânia Rêgo/Agência Brasil - Smartphone, celular, em uso.

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