SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Uma menina de 1 ano e 11 meses foi sequestrada no bairro de Santo Amaro, em São Paulo, na noite de sexta-feira (30), após a mãe dela receber uma promessa de cesta básica de uma conhecida.
Uma mulher, conhecida como Sandra, vem sendo investigada por ter participação no sumiço da garota, Isabela da Silva Nascimento. Ela encontrou a mãe da criança, Evanisa Vieira da Silva, com a promessa de presenteá-la com uma cesta básica que seria entregue em instantes em um carro. Enquanto aguardava, Evanisa se ausentou para comprar cigarros, deixando a menina e o irmão dela, de 8 anos, sob cuidados da conhecida, mas, ao voltar, ouviu de Sandra que a filha havia sido sequestrada.
Em primeira versão à polícia, Evanisa disse que foi agredida por sequestradores, que teriam tomado a criança dos braços dela. O irmão da criança, porém, disse, em depoimento, que teria informado à mãe que Sandra teria colocado Isabela dentro do veículo usado no rapto.
Dentro do carro, haveria uma mulher e um senhor careca, segundo o delegado, que ressaltou acreditar que Sandra teria ajudado no crime. Após o ocorrido, a mulher desapareceu. A polícia alegou ter imagens que estão sendo usadas para identificá-la, já que ela pode ter outro nome.
Evanisa e Sandra se conheceram há 5 meses, pouco após a família se mudar da Bahia para São Paulo, enquanto a mãe das crianças vendia balas em semáforos. Nenhum outro membro da família conhecia Sandra ou sabia das supostas doações de alimentos e roupas que a família recebia, informou a TV Bandeirantes.
O delegado Marcel Duziani disse que Sandra teria pedido a Evanisa que lhe desse a criança, mas a genitora negou. De acordo com a SSP, o caso está sendo investigado pelo departamento de desaparecidos. A reportagem tenta contato com o advogado da família da menina.
PAI DA CRIANÇA FALA DE RELAÇÃO
Gilson Santos, pai de Isabela, contou que a esposa falava que uma mulher estava comprando fraldas e alimentos para a criança. Ele comentou que nunca viu Sandra na vida e que a relação da mulher era apenas com a companheira.
A mulher teria falado que se comoveu com a situação da família, já que a mãe vendia balas nos semáforos com as crianças, por supostamente estar grávida -a polícia não acredita nesta versão.
"Eu me sinto um vaso quebrado com um buraco no meio. Meu coração está ferido, que enquanto minha filha não aparecer, não vai curar nunca. Estamos todos tristes. Não sei o que é dormir há dias", afirmou o pai.
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