SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A modelo transexual Frantiesca Albuquerque, 21, afirma ter sido agredida na Euphoria, famosa balada LGBTQIA+ em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, durante a madrugada do último sábado (1°). A polícia diz investigar o caso.

Segundo Frantiesca, ela circulava pela casa noturna quando um homem exclamou não ser ali lugar para "traveco"-termo pejorativo direcionado a travestis. Ao ser confrontado, ele teria jogado bebida nela e, em seguida, a atacado. A jovem relata ter sido puxada pelos cabelos e atingida por socos no rosto e na nuca.

"Fiquei desnorteada, acredito ter desmaiado por alguns segundos", diz. Quando me recuperei, seguranças apareceram e me arrastaram pelos braços até a rua", continua.

Organizadores da Euphoria declaram à reportagem ser contra qualquer tipo de violência e contestam a versão de Frantiesca. Eles afirmam, em nota, que a mulher se vitimiza para alcançar engajamento e ter sido ela a iniciar a briga com um tapa na cara de outro cliente "por estar totalmente alterada, cambaleando, de algo além de álcool".

Câmeras da casa noturna registraram a confusão. No vídeo, a modelo parece interromper a descida de uma escadaria para discutir com outro cliente. Após algum tempo, ela tenta seguir seu itinerário, mas é atingida por bebida jogada pelo agressor. Ela reage e começa a ser golpeada.

O caso foi registrado no 14° DP (Pinheiros) como lesão corporal. Na tarde desta terça-feira (4), Frantiesca prestou depoimento à polícia.

Por enquanto, segundo a Secretaria da Segurança Pública, o agressor ainda não foi identificado.

Em sua conta no Instagram, a jovem relatou o ocorrido em publicação, logo alvo de comentários sobre experiências desagradáveis na Euphoria.


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