SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ministra da Cultura, Margareth Menezes, lamentou a morte do diretor José Celso Martinez Corrêa, 86 anos, nesta quinta-feira (6), e descreve ele como "um dos dramaturgos mais revolucionários e inovadores do Brasil'.
Zé Celso estava internado em estado grave na UTI do Hospital das Clínicas, após ter 53% do corpo queimado em um incêndio que atingiu o apartamento onde mora, no Paraíso, em São Paulo, na terça (4).
"Dirigiu mais de 40 peças, potencializou o modernismo e fundou o Teatro Oficina. Uma verdadeira referência", afirma a ministra, em nota enviada à coluna.
"Mais do que artista, foi um árduo defensor da democracia: usou o teatro para exaltar a liberdade e afrontar os arbítrios da ditadura militar. Com a sua partida, a cultura brasileira perde parte grande de seu brilho e irreverência. Zé Celso, presente!", segue.
Atores e dramaturgos brasileiros lamentaram a morte do diretor brasileiro. Gilberto Gil, que viveu ao lado do diretor o movimento do tropicalismo brasileiro, afirmou que Zé Celso deixa um legado eterno para o país. "Nossos sentimentos a familiares, amigos e admiradores", escreveu.
Outras três pessoas ficaram feridas no incêndio no apartamento de Zé Celso. O marido dele, o ator Marcelo Drummond, inalou monóxido de carbono e teve que ficar em observação. Também se machucaram os atores Victor Rosa e Ricardo Bittencourt.
Zé Celso e Marcelo se casaram há exatamente um mês, no dia 6 de julho, em uma grande celebração no Teatro Oficina, com apresentações de Marina Lima e Daniela Mercury.
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