PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - Município em que uma pessoa já havia morrido em razão da passagem de um ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul, Rio Grande teve mais duas vítimas em uma ocorrência que pode ter sido causada indiretamente pelo fenômeno natural no final da tarde de quinta-feira (13).

Uma mulher de 27 anos e duas crianças de dois anos morreram em um incêndio possivelmente causado por uma vela, acesa em razão da falta de energia elétrica no bairro São Miguel. Conforme a Prefeitura de Rio Grande, seriam mãe, filho e um vizinho. Eles não teriam conseguido sair do quarto em meio ao incêndio.

Outras duas crianças de sete anos foram socorridas por policiais militares. Na véspera, um homem de 68 anos morreu ao ser atingido dentro de casa pela queda de uma árvore no bairro Maria dos Anjos.

Conforme o boletim matinal da concessionária de energia CEEE-Equatorial, Rio Grande amanheceu com 51 residências ainda sem luz nesta sexta-feira (14). Em todo o RS, havia 357 mil clientes da concessionária sem energia elétrica -358 mil conexões haviam sido reestabelecidas.

A Prefeitura de Rio Grande publicou uma nota de pesar lamentando a tragédia e prestando condolências aos familiares e amigos das três vítimas. Ao longo do dia, a prefeitura trabalha na remoção de árvores e outros estragos.

Em outros estados, houve mortes em Brusque (SC), Itanhaém (SP) e São José dos Campos (SP). Em 15 de junho, quando houve outro ciclone no RS, foram 16 mortes, a maior parte delas causadas por enxurradas.

A região sul gaúcha foi uma das mais atingidas pelo ciclone. Localizado no litoral sul em região portuária, Rio Grande chegou a registrar vento de 146 km/h, velocidade semelhante a de furacões. A cidade também enfrenta desabastecimento de água, em razão da falta de energia em duas estações de bombeamento.


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