SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As mortes causadas por policiais militares e civis em São Paulo aumentaram 9,4% no primeiro semestre da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 221 óbitos, contra 202 nos seis primeiros meses de 2022.

O aumento também foi verificado na capital paulista. Foram 13 mortes a mais na cidade, passando de 92 a 104 vítimas.

Os números foram divulgados na terça-feira (25) pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo, junto com outros indicadores de crimes no estado.

As mortes causadas por policiais militares tiveram aumento de 11% no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 201 óbitos, contra 181 em 2022. Já a letalidade da Polícia Civil ficou praticamente estável, com 20 óbitos, contra 21 no primeiro semestre de 2022.

Enquanto as mortes causadas pelos agentes em folga caíram, o aumento das vítimas por agentes em serviço aumentou, na capital, de 45 para 72, na comparação entre o primeiro semestre de 2022 e o de 2023. Em análise sobre os indicadores, o Instituto Sou da Paz considera o aumento de 60% nas ocorrências expressivo. "Justamente onde há a maior concentração das câmeras operacionais portáteis (COP) do Programa Olha Vivo da PMESP."

Em nota, a SSP diz que não é possível comparar as ocorrências de agentes em serviço e de folga, e que a maioria das detenções de pessoas no primeiro semestre deste ano não envolveu mortes. "No primeiro semestre de 2023, as forças policiais detiveram um total de 95.394 pessoas, representando um aumento de 8,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo que em 99,76% dessas ocorrências não houve registro de mortes em confronto."

Segundo a pasta, a principal causa das mortes cometidas por agentes policiais é causada pela opção do confronto por infratores. "Todos os casos dessa natureza são rigorosamente investigados pelas respectivas corregedorias, encaminhados ao Ministério Público e julgados pelo Poder Judiciário."

HOMICÍDIOS DOLOSOS CAEM NO ESTADO

O número de vítimas de homicídios doloso no estado caiu 4,5% no semestre, assim como o de latrocínio (-5,9%) e o de ocorrências de roubo (-3,1%), em comparação com os primeiros seis meses de 2022.

Na capital, as vítimas de homicídio passaram de 260 a 266, com alta de 2,3%. As vítimas de latrocínio caíram de 30 para 22 (-26,7%). Já os roubos e furtos de veículo cresceram, respectivamente, 2,6% e 3,4% na soma de janeiro a junho de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado.


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