SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco (AC), deixou ao menos três feridos nesta quarta-feira (26).

Questionado na noite desta quarta se havia mortes, o governo do Acre disse que não tinha confirmação.

Segundo o governo estadual, um policial penal acabou ferido no conflito. Ele foi atingido por um tiro de raspão na região do globo ocular e teve de ser encaminhado ao Pronto-Socorro de Rio Branco. No início da noite, o agente estava em estado estável, sem risco de morte.

Ainda conforme o governo, dois presos ficaram feridos durante conflito interno entre detentos de organizações criminosas rivais e também foram encaminhados ao pronto-socorro, sendo que um deles havia recebido alta.

O motim teria sido iniciado pela manhã por 26 presos quando policiais penais faziam inspeção de segurança em um dos pavilhões.

Por causa da rebelião, o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Danilo Lovisaro do Nascimento, convocou o Gabinete de Gestão Permanente de Crises, Conflitos e Agravos (GGPCA) para acompanhar o caso.

Um gabinete de crise também foi instituído pelo governo do Acre para apresentar medidas e respostas rápidas ao cenário na unidade prisional.

Por volta das 19h30, o governo estadual disse em nota que o governador em exercício, Luiz Gonzaga, solicitou ao Ministério da Justiça a presença da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) para dar apoio no restabelecimento da ordem no presídio.

No documento encaminhado ao ministro da Justiça, Flávio Dino, o governo pediu o envio de 40 policiais penais para reforçarem as ações em curso e garantir a integridade física dos servidores e detentos da unidade prisional.

Antes, a Secretaria Nacional de Políticas Penais, do governo Lula (PT), deverá enviar ao estado uma equipe de 40 homens de Força Tarefa da secretaria para reforçar a operação para retomar o controle do presídio.

No Twitter, Dino afirmou que por causa da crise no sistema penitenciário do Acre, havia colocado forças de segurança do governo federal à disposição.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre disse que a polícia está atuando dentro e fora do presídio com medidas operacionais e de inteligência para debelar o motim e garantir a integridade física de presos, servidores e policiais penais.

Equipes do Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GPOE), da Polícia Penal, e do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar, foram ao local logo após o início do motim.

"Estamos empenhados em resolver o quanto antes esta situação. Nossas forças policiais atuam com muita responsabilidade para que a integridade física dos profissionais e dos detentos seja preservada", afirmou à tarde o secretário adjunto de Justiça e Segurança Pública, Evandro Bezerra.


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