SÃO PAULO, SP E GUARUJÁ, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Militar faz uma operação no morro do São Bento, em Santos, horas depois de uma policial ser baleada com tiro de fuzil na mesma cidade. A operação ainda ocorria por volta das 10h.
Um helicóptero da PM sobrevoava o morro por volta do mesmo horário.
Policiais dizem que ao menos um suspeito foi morto durante um confronto. O morro do São Bento está a cerca de quatro quilômetros do local onde uma cabo da PM foi baleada, por volta das 5h50 desta terça-feira (1º). O tiro pegou de raspão nas costas e a bala ficou alojada na perna. O quadro de saúde dela é estável.
Três moradoras do São Bento disseram ter visto viaturas da PM subindo o morro em alta velocidade por volta das 6h15, o que indica que a ação começou logo após a policial militar ter sido baleada.
Os carros subiram pela avenida principal da comunidade, a avenida São Cristóvão, em direção ao pico do morro. Era horário de entrada na escola estadual João Octávio dos Santos, que tem alunos do 1º ao 9º ano. A avenida Assunção de Nossa Senhora, que fica em frente à escola, chegou a ficar bloqueada para passagem de carros.
Por volta das 11h, a movimentação de carros do Baep (Batalhão de Ações Especiais) ainda era intenso no local, mas a avenida já não estava mais bloqueada.
A cabo e um companheiro estavam com a viatura estacionada entre as ruas Evaristo da Veiga próximo da esquina com a Visconde de Cayru, quando foram surpreendidos por um trio que portava armas longas.
De acordo com informações preliminares da PM, três homens desembarcaram de um Honda HRV vinho próximo à viatura e atiraram com fuzis contra os PMs, que revidaram.
LITORAL TEM ESCALADA NA VIOLÊNCIA
Chega a 12 o número de mortos confirmados pelo Governo de São Paulo pela Operação Escudo, desencadeada após o asassinato, na última quinta (27), do policial da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Patrick Bastos Reis na comunidade Vila Zilda, em Guarujá. O suspeito de ter atirado foi preso em São Paulo.
No entanto, a Ouvidoria das Polícias de São Paulo apura denúncias de que haveria mais nove mortes por intervenção policial entre o domingo (30) e esta segunda-feira (31).
Em um pronunciamento, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu a ação dos policiais e disse que não houve excessos por partes dos agentes.
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