SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Vale recorreu de uma decisão da Justiça que determinou a proteção de uma paleoteca em Caeté, em Belo Horizonte. A caverna foi escavada por preguiças-gigantes há pelo menos 10 mil anos.
Uma decisão do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) proibiu a mineradora Vale, o Estado e o município de Caeté de promover qualquer medida que gere destruição ou deterioração do sítio pré-histórico. A determinação é de junho.
A juíza Grazziela Maria de Queiroz Franco Peixoto reconheceu o valor cultural da paleotoca, que fica próxima do Parque Nacional da Serra do Gandarela. A decisão acata um pedido do MP para proteger o local.
A caverna está em uma área que pertence à mineradora Vale. Com 340 metros de comprimento, é a maior paleotoca conhecida até o momento em Minas Gerais.
"A preservação destas cavidades é de suma importância, pois, para além das evidências do comportamento desses animais, há elevada chance de que sejam encontrados outros fósseis no local", disse o MPMG em ação civil pública
A Vale diz que entrou com um recurso para "esclarecer alguns pontos da decisão" e que a paleotoca está preservada. "Hoje, são cerca de 40 hectares protegidos no entorno da cavidade".
A mineradora elencou várias ações promovidas para proteger a área, como o cercamento para limitar o acesso de pessoas não autorizadas e aparelhos que monitoram a temperatura e umidade da caverna.
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