GUARUJÁ, SP, E SANTOS, SP (FOLHAPRESS) - Após centenas de policiais serem mobilizados na Baixada Santista desde a última semana, o patrulhamento nas ruas de Santos e Guarujá diminuiu, e a venda de drogas ocorre normalmente em pontos das duas cidades nesta sexta-feira (4).

A queda no efetivo policial é visível em comparação ao que foi observado na segunda (31) e na terça (1º), apesar de o Governo de São Paulo ter prometido a continuidade da Operação Escudo até o fim do mês. O efetivo ultrapassou 600 policiais, com agentes de todos os grupos de elite da Polícia Militar somados aos batalhões locais.

A presença de viaturas nas ruas já não era tão significativa nesta sexta nas quatro comunidades de Guarujá e uma de Santos que a reportagem percorreu ao longo do dia. Apenas três veículos do Baep (Batalhão de Ações Especiais) foram encontrados no trajeto.

Os veículo circulavam pelas favelas da Vila Júlia e Morrinhos, em Guarujá, mas estavam com as luzes de giroflex apagadas e sem sirene, o que indica que não havia nenhuma ocorrência em andamento. Por volta das 16h, próximo ao centro de Santos, uma viatura da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) avançou pela avenida Martins Fontes com a sirene ligada. Outros três carros da PM nas cercanias ficaram na mesma posição que estavam.

Essas cenas contrastam com as do início da semana, quando grupos numerosos de carros e motos de vários batalhões eram vistos com frequência, assim como incursões a pé dentro das favelas.

Nesta quinta (3) e sexta, a reportagem viu a venda de drogas transcorrer normalmente nas comunidades de São Bento, morro do Pachecho e Sítio Conceiçãozinha.

Os vendedores se comunicavam por rádio e usavam sacos plásticos pretos para transportar droga. A reportagem não viu nenhum dos vendedores portando armas de forma ostensiva.

Parte do efetivo da Operação Escudo foi deslocado para a região de Caraguatatuba, no litoral norte, após uma viatura da PM na cidade ser alvo de dois tiros na quinta-feira.

A SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirma que o número de presos na operação chegou a 102 nesta quinta, após sete dias de operação. Ao todo, 16 pessoas morreram durante a operação, desencadeada após a morte de um soldado da Rota.


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