SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Desde começo do ano, 12 policiais ficaram feridos e sete morreram durante ataques de criminosos na Baixada Santista, litoral de São Paulo, entre eles o soldado Patrick Reis, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), assassinado a tiros no dia 27 de julho, na Vila Zilda, no Guarujá. Os dados são da SSP (Secretaria de Segurança Pública).
A SSP-SP divulgou o número de policiais feridos e mortos em 2023 durante ataques na Baixada Santista. A publicidade dos dados acontece em meio à intensificação do policiamento preventivo e ostensivo na região, desde junho, quando começou a Operação Impacto-Guarujá.
Além de Patrick Reis, outros seis oficiais da reserva acabaram mortos desde o início do ano.
A operação deflagrada em junho gerou uma reação de membros da criminalidade local, ocasionando ataques a policiais.
O ataque com morte mais recente resultou na morte de Patrick e também feriu outro policial da Rota, o que fez a SSP-SP deflagrar uma segunda operação, denominada de Escudo, que nesta segunda-feira (7) entrou no 11° dia.
A Operação Escudo reuniu policiais de diversas regiões e prendeu os envolvidos na morte do policial militar e de outros envolvidos no crime organizado, segundo informou a pasta, em nota.
Até o momento, 181 pessoas foram presas e quase meia tonelada de drogas e 22 armas apreendidas. Dezesseis suspeitos foram mortos em confrontos com a polícia.
A ação segue para sufocar o tráfico de drogas e desarticular o crime organizado, que ainda possui grande atuação na Baixada Santista. A polícia tem enfrentado forte reação dos criminosos. Além da morte do soldado da Rota, outros três PMs foram vítimas de tentativa de homicídio em apenas uma semana
Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, em nota
ATAQUES A POLICIAIS
Entre os 12 policiais atacados na região neste ano, oito estavam em serviço, três em folga e um era da reserva, segundo a SSP-SP.
No dia 27 de julho, além do soldado Reis, um colega de farda também foi baleado. Na ocasião, ele foi socorrido e passa bem.
A Polícia Civil finalizou o inquérito e confirmou Erickson David da Silva, o Deivinho, como autor do disparo que matou o PM. Todos os envolvidos no crime já foram presos.
Dia depois, já com a operação em curso, dois policiais foram baleados à luz do dia por criminosos em Santos. Uma policial foi baleada pelas costas no bairro Campo Grande, enquanto fazia patrulhamento na área.
Após o crime, os criminosos fugiram em direção ao morro São Bento. Lá, atacaram uma viatura do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia Militar) e balearam outro policial, atingido com um tiro na perna.
Na troca de tiros, um dos criminosos foi baleado e morreu; outros dois foram presos. Os policiais foram hospitalizados e não correm risco de morte.
No começo do mês, no dia 10 de julho, outros dois policiais militares foram vítimas de tentativa de homicídio em São Vicente. Durante o patrulhamento da área, os PMs foram surpreendidos por suspeitos armados, que atiraram contra a viatura.
Os dois agentes ficaram feridos e foram encaminhados ao Hospital Municipal de São Vicente, onde permaneceram sob cuidados médicos.
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