SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Operação da Polícia Civil apreendeu 312 celulares roubados em uma central de desbloqueio mantida por criminosos em um apartamento na rua Guaianases, no centro de São Paulo, endereço apontado por vítimas que tiveram acesso à localização do aparelho após os roubos.
No local, foi preso um homem africano de Guiné-Bissau apontado pelas investigações como um dos principais receptadores de celulares roubados. Havia aparelhos, inclusive, de cidades do interior de São Paulo.
Segundo vídeo feito pelos policiais, a central continha computadores equipados com programas para burlar o acesso aos aparelhos e permitir aos criminoso movimentar aplicativos de bancos. Após serem vasculhados, os celulares eram embalados em papel filme e acondicionados em malas para serem enviados a países da África, onde não podem ser usados desbloqueados.
De acordo com o delegado Fabio Pinheiro Lopes, diretor do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), no local foi encontrada uma mochila com cadeado com dezenas de aparelhos que seriam despachados pela quadrilha.
A rua Guaianases é citada por vítimas de roubo e furto de celular que conseguem acessar a localização. Apesar de ter a informação de onde os aparelhos são levados pelos assaltantes, o delegado afirmou que a polícia precisa de mandados de prisão para entrar nos imóveis. "Lá tem mais de uma centena de apartamentos habitados por imigrantes africanos sem contratos de aluguel", diz ele sobre a dificuldade nas investigações.
Segundo ele, os criminosos mudam de apartamento diversas vezes para dificultar o trabalho da polícia. Com o acusado, foram encontradas chaves de dois apartamentos no mesmo prédio. "É o terceiro africanos que prendemos lá", disse o delegado.
Foram apreendidos celulares de diversas marcas, mas a maioria era iPhone. Os aparelhos serão analisados pelos policiais e entregues aos donos. Dos 312 celulares encontrados, 64 forma citados em boletins de ocorrência de crimes.
POLÍCIA APREENDE 100 QUILOS DE COCAÍNA
Nesta terça-feira (8), a Polícia Civil apreendeu 100 quilos de cocaína em ponto de distribuição de drogas no centro da cidade. De acordo com os policiais, a droga seria usada para abastecer o tráfico de entorpecentes na cracolândia.
Na mesma operação, foram presas sete pessoas acusadas de tráfico. Uma delas, segundo o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, usava uma peruca para evitar ser reconhecido pelos policiais. Ele atua como "disciplina" do tráfico na cracolândia, como é chamado o responsável por fazer a intermediação entre o crime organizado e os usuários de drogas. O acusado já havia sido preso por roubo, segundo Derrite.
Trabalho de investigação identificou ao menos 35 traficantes que atuam na cracolândia por meio de imagens de câmeras de segurança e de drones.
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