RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A jovem Jenifer Carvalho Paes, 19, foi morta com um tiro no peito dentro da casa em que morava com o namorado na Rocinha, zona sul do sul do Rio de Janeiro, na segunda (28).
A família afirma que a jovem sofria agressões no relacionamento. O namorado prestou depoimento na terça (29), como testemunha, e em seu relato disse que Jenifer teria cometido suicídio.
A Polícia Civil, contudo, afirma que não descarta nenhuma hipótese.
"De acordo com a 11ª DP (Rocinha), o namorado da vítima foi ouvido e passou pelo exame residuográfico. Os agentes aguardam o resultado dos laudos e realizam diligências para esclarecer todos os fatos. A unidade ressalta que não descarta nenhuma linha de investigação."
A família afirma que a jovem também tinha ferimentos na cabeça.
"Ao chegar na Rocinha, não deixaram a família do pai subir", afirmou Leona Santos Vianey, 28, prima da vítima. "Falei para as minhas outras primas que isso serve como lição. Amor e paixão é carinho, não brigas e agressões", acrescentou.
Leona disse ainda que a prima tinha um relacionamento de idas e vindas com o namorado, com quem estava há quase um ano. "Ela sofria agressões, sofria cárcere privado. Não era um relacionamento saudável."
Abalado, o pai da jovem disse que não tinha condições de falar. Ainda de acordo com familiares, o namorado teria ligado para a mãe de Jenifer e dito "vá buscar tua filha que ela está morta".
De acordo com o ISP (Instituto de Segurança Pública), em 2022 o estado do Rio de Janeiro registrou recorde no número de feminicídios. Foram 110 casos, o que corresponde a uma mulher morta a cada três dias no ano passado. Em 2021, foram registrados 85 casos.
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